Ana Adélia Jácomo
Karine Campos
Única News
Novas revelações sobre o superendividamento de servidores públicos em Mato Grosso apontam para a participação do Banco do Brasil.
Segundo o deputado estadual Wilson Santos (PSD), o banco estaria praticando taxas elevadas e usando informações privilegiadas da folha de pagamento para contornar a margem consignável dos servidores, realizando contratos de crédito diretamente na conta pessoal, com taxas de cartão de crédito.
"O Banco do Brasil estava passando ao largo, né? Ninguém ainda havia denunciado que o Banco do Brasil também pratica taxas elevadíssimas", afirmou Wilson Santos em entrevista ao Única News, nesta quarta-feira (18).
Diante das denúncias, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) apresentará um requerimento para convocar um representante do Banco do Brasil para prestar esclarecimentos.
O deputado destacou que a instituição tem acesso à folha de pagamento dos servidores e, ao atingirem o limite da margem consignável, seriam oferecidos outros tipos de contratos com condições desfavoráveis.
Entenda o caso
As denúncias, apresentadas por diversos sindicatos de servidores públicos estaduais no início de junho, apontam para uma série de práticas abusivas. Entre elas, destaca-se o suposto "tele saque": a Capital Consig estaria usando a modalidade de "cartão de crédito consignado" para liberar valores em dinheiro diretamente na conta dos servidores, sem que eles recebam o cartão físico.
Os atos geraram descontos em folha de pagamento que se estendem indefinidamente, resultando em dívidas que não correspondem ao valor efetivamente recebido.
Além disso, os sindicatos relatam a dificuldade extrema em obter cópias dos contratos e a manipulação de valores, onde o montante creditado seria inferior ao total cobrado. A empresa também é acusada de não registrar as operações de crédito no Banco Central, o que compromete a transparência exigida por lei.
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