Cuiabá, 25 de Abril de 2024

CIDADES Quinta-feira, 22 de Novembro de 2018, 17:37 - A | A

22 de Novembro de 2018, 17h:37 - A | A

CIDADES / FORA DO HABITAT

Animais vistos nas ruas de Cuiabá roubam a cena e ganham as redes

Marisa Batalha



(Foto: Ilustração)

animais capturados em área urbanas.jpg

 

Pelo menos 700 animais silvestres foram resgatados entre janeiro e outubro deste ano, pelo Batalhão de Proteção Ambiental, unidade especializada de Polícia Militar, em áreas urbanas e rurais de Mato Grosso.Representando uma média de 70 resgates ao mês. 

 

Para o Batalhão responsável pela captura deste animais, a presença de animais em áreas urbanas, perto de reservas, parques, locais onde há água e mata ciliar, por exemplo, é mais comum do que se possa imaginar. Os animais resgatados são levados para um Centro de Atendimento que funciona no Batalhão, em Várzea Grande, onde o atendimento é feito por meio de parceria da Polícia Militar com a Secretaria de Meio Ambiente.

 

Os que chegam debilitados ou maltratados recebem assistência de hospitais universitários da capital. Depois, dependo da reabilitação, podem ser devolvidos à natureza. Este ano, 224 animais já retornaram aos habitat natural - aves, répteis e mamíferos.

 

O trabalho do Batalhão é ininterrupto, executado por serviços de rondas e plantão para atendimento de chamadas. Além do telefone de emergência, o 190, para onde devem ser dirigidas prioritariamente as ligações, as equipes podem ser acionadas pelo celular 99987-4024.

 

O comandante do Batalhão Ambiental, coronel Rodrigo Eduardo Costa, alerta para os riscos do contato com os animais silvestres. Ele observa que é importante que aquele que encontrar um animal silvestre deve acionar a unidade militar ambiental, pois lá há profissionais habilitados para o resgate ou monitoramento do bicho até local onde vive.

 

Tamanduás, cobras, ouriços e jacarés, reforça o comandante, estão entre os animais que representam perigo à segurança de quem deles se aproxima com o objetivo de fazer imagens, filmar ou fotografar. “Em qualquer circunstância, somente profissionais habilitados, e com equipamentos adequados,p podem ser aproximar”, reforça o comandante.

 

Passeios inusitados

 

Antes do passeio tranquilo do tamanduá bandeira, flagrado por populares no último domingo (20), em uma rua do bairro Santa Rosa, já próximo ao novo shopping Estadção, um dia ante um jacaré foi igualmente filmado andando em uma das avenidas de Cuiabá. 

 

No caso específico do tamanduá bandeira visto no Santa Rosa, de acordo com o coronel Rodrigo, essa não seria a primeira vez que ele aparece entre moradias na região. Pois vivia naquela região, em uma área de mata ciliar do Rio Cuiabá, até ser capturado. A oferta de alimento, provavelmente, o atraiu para o local.

 

Já o jacaré filmado atravessando a Avenida Hermina Torquarto da Silva, na faixa de pedestres que dá acesso ao Parque das Águas, em Cuiabá, foi outro que 'rapidão' teve o passeio flagrado, caindo rapidamente nas redes e disseminado por internautas, inclusive, pelo WhastApp.

 

Possivelmente, segundo o Corpo de Bombeiros, o jacaré capturado na noite desta última terça-feira(20), seja o mesmo que passeava no Parque das Águas. Ele foi capturado próximo ao Supermercado Comper, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, em Cuiabá. De porte grande e, assim, muito pesado, a equipe de militares do Corpo de Bombeiro teve dificuldades em capturar o animal. 

 

Uma semana antes, um cachorro-vinagre macho, de poucos meses de vida, foi entregue voluntariamente para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e encaminhado para o Criadouro Onça Pintada, no Paraná. 

 

A espécie, que está na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, classificada como vulnerável, ou seja, com um risco elevado de extinção, foi encontrado em Alta Floresta, no Nortão, e ficou internada por 17 dias em isolamento no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso.

 

 A restrição ao contato com os canídeos, como cães, lobos e raposas, é importante porque o cachorro-vinagre é sensível a doenças comuns nestas espécies. 

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