Marcella Magalhães
Única News
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso registrou um aumento de 30% no aumento de pedidos de medidas protetivas, nos últimos três anos, no Estado. A medida é uma ferramenta de apoio as vítimas de violência doméstica e familiar.
Os dados são do TJMT e indicou que no ano de 2019 foram 7.926 mil pedidos, em 2020, 8.183, em 2021 10.248 e só em janeiro de 2022, já foram registrados 660 pedidos.
A Polícia Civil e o Poder Judiciário acreditam que o isolamento social e o consumo de álcool no período da pandemia contribuíram para o crescimento da violência doméstica.
Para dar apoio a essas mulheres a Polícia Civil, em uma parceria com o Poder judiciário e a Secretaria de Segurança Pública do Estado, criou no ano passado duas ferramentas de apoio a vítimas de violência doméstica e familiar.
O aplicativo SOS Mulher reúne a medida protetiva online e o botão do pânico virtual e pode ser acessado por dispositivos móveis e computadores.
Para acionar o botão do pânico, que funciona como um pedido de socorro no formato virtual, a vítima já tem que ter solicitado uma medida protetiva, onde ela informa se deseja a ferramenta virtual, que será autorizada pela Justiça e pode ser acionada quando o agressor descumpre a medida. Ao ligar o botão no aplicativo, em 30 segundos o pedido chega ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) da Sesp, que enviará a viatura mais próxima, em socorro à vítima.
O botão está disponível, por enquanto, para mulheres que moram nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres e Rondonópolis, onde há unidades do Ciosp.
Desde a criação do serviço, em junho do 2021, o SOS Mulher registrou 2 mil pedidos do botão de pânico, sendo que o mecanismo foi acionado por 84 vítimas.
Para a títular da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Várzea Grande, delegada Mariell Antonini Dias, o SOS Mulher representa mais um avanço tecnológico em prol da mulher, possibilitando que ela acione a segurança pública onde quer que esteja.
“Temos inúmeros outros mecanismos de auxílio às vítimas, como a Patrulha Maria da Penha em muitas cidades, com acompanhamento da efetividade das medidas protetivas pela Polícia Militar. Além disso, conforme demonstrado no estudo, tivemos milhares de pedidos de medidas protetivas formulados nas delegacias de polícia de Mato Grosso, o que demonstra que a medida é um mecanismo eficaz, que salva vidas e que está à disposição para todas que conseguirem dar o primeiro passo contra a agressão que estão sofrendo”, pontuou a delegada, que coordena a Câmara Temática de Defesa da Mulher, na Sesp. (Com informações da Assessoria)
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