Ari Miranda
Única News
Um laudo de necropsia emitido por uma médica veterinária confirmou as suspeitas de uma família de Cuiabá, que foi abalada no dia 26 de setembro deste ano, com a perda de seu animal de estimação, “Filó”, uma cadelinha de 2 anos da raça bulldog francês, que foi esquecida dentro da van de transporte de um pet shop da capital.
Conforme noticiado pelo Única News em setembro, o incidente ocorreu quando Filó foi levada saudável para um banho no pet shop e retornou em estado gravíssimo, apresentando sinais de sofrimento por calor extremo.
O exame de necropsia apontou que a morte do animal de estimação foi causada por uma coagulação intravascular disseminada, condição associada ao calor intenso a que a cadela foi submetida, enquanto ficou presa na van do pet shop. O tutor, profundamente abalado, agora busca alertar outras famílias e cobrar responsabilidade dos serviços de transporte de animais.
“Minha cachorrinha foi ‘fritada’ [sic.] de calor dentro daquela van. Ver ela voltar praticamente sem vida, após sair tão saudável e cheia de energia, foi devastador”, relatou o médico legista e anestesista João Marcos Rondon, que ainda tentou socorrer seu animal de estimação, levando-a a uma clínica veterinária, onde a cachorra foi entubada, mas não resistiu.
Em termos leigos, o calor extremo sofrido pelo animal dentro da Van causou uma falência dos sistemas internos do animal levando à formação de coágulos em todo o corpo e, por fim, à sua morte.
O tutor de Filó revelou ainda que a perda do cachorrinha abalou profundamente sua família, em especial seus filhos, que vem tendo pesadelos frequentes diante da cena que viram e estão dormindo no quarto dos pais para se sentirem seguros.
“Essa dor é imensa e irreparável. Estamos sem chão e nos esforçando para seguir em frente, mas queremos que essa história sirva de alerta para que outras famílias não passem pelo que estamos passando”, destacou.
Em vez de buscar compensação financeira, João Marcos já afirmou que doará qualquer eventual ganho em processos judiciais à instituições de cuidados animais, destacando ainda que seu foco agora é o alerta e a conscientização de proprietários de animais e donos de pet shops da Capital.
“Não queremos que essa perda seja em vão. Queremos que outros donos de animais saibam dos riscos e que prestadores de serviço tenham mais responsabilidade. Nossa dor precisa servir para evitar que essa tragédia se repita com outras famílias”, desabafou.
“A perda da nossa cachorrinha não pode ter sido em vão. Precisamos garantir que outros animais e outras famílias estejam protegidos”, pontuou.
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