04 de Julho de 2025
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CIDADES Sexta-feira, 21 de Janeiro de 2022, 09:08 - A | A

21 de Janeiro de 2022, 09h:08 - A | A

CIDADES / CUIABÁ DE OBESOS

Na pandemia comeu mais, ganhou peso e não fez exercício; segunda Capital com maior percentual

Marcella Magalhães
Única News



No ano de 2020, quando iniciou a pandemia e consequentemente o isolamento social, os brasileiros passaram a consumir mais alimentos e bebidas alcoólicas e deixaram de praticar exercícios físicos. Com isso a capital de Mato Grosso, Cuiabá está como segunda, com maior percentual de pessoas com obesidades no Brasil. 

Os resultados foram publicados na pesquisa Doenças Crônicos e Seus Fatores de Risco e Proteção: Tendências Recentes no Vigitel, realizada pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS). De acordo com os estudos as capitais: Manaus (24,9%), Cuiabá (24,0%) e Rio (23,8%) lideram o ranking de maior incidência da obesidade. Até 2011, nenhuma capital havia ultrapassado 20%. O índice nacional chega a quase o dobro do que foi registrado 14 anos antes, em 2006, quando só 11,8% da população eram portadoras desse tipo de comorbidade.

O ano marca a primeira vez que foi feito o levantamento Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) pelo Ministério da Saúde, de onde os dados do IEPS foram extraídos. Foram entrevistadas 27.077 pessoas nesta edição do estudo. A mestre Economia pela Universidade Columbia (EUA) e autora da pesquisa do IEPS, Beatriz Rache destaca o aumento dos fatores de risco à saúde, como o consumo de ultraprocessados (biscoitos, chocolate, salsicha, margarina, entre outros), em praticamente todos os segmentos da pesquisa.

Só o tabagismo se manteve estável em 2020 ante 2019. Em contrapartida, o consumo abusivo de álcool partiu de 18,8% para 20,4%, mesmo cenário observado em relação ao sedentarismo (de 13,9% para 14,9%). “A gente vê, entre 2019 e 2020, piora de todos os indicadores de riscos comportamentais e, por isso, é possível associar ao aumento da obesidade. Apesar de a Vigitel não permitir fazer essa correlação, os dados mostram que a pandemia parece estar associada aos resultados de 2020, ano tanto de estresse econômico quanto sanitário”, afirma Beatriz.

Presidente da Associação Médica Brasileira, César Fernandes destaca a importância de grandes campanhas de conscientização sobre riscos da alimentação inadequada e da falta de atividade física. “Muitas famílias mudaram hábitos alimentares para pior, com o teor de gordura e caloria aumentado. As pessoas começaram a se servir por meio de delivery. Não bastasse isso, se privaram de atividades físicas habituais, como pequenas caminhadas no cotidiano”, acrescentam. (Com informações CNN Brasil)

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