Claryssa Amorim
(Foto: Reprodução/Web)
Após a paralisação das atividades das escolas estaduais de Mato Grosso, a Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc) declarou que não entende que o atraso do repasse poderia gerar uma greve. Já segundo o Colegiado de Diretores do Estado, a dívida chega a mais de R$ 8 milhões e deveria ter sido quitada até maio deste ano. Porém, as unidades estaduais não receberam nenhum valor.
Sãos 766 escolas estaduais de Mato Grosso que iniciaram uma paralisação nesta terça-feira (7). Mais de 150 mil alunos devem ficar sem aulas, devido à falta de repasses do Projeto Político Pedagógico (PPP) e Programa de Desenvolvimento da Escola (PDE). Conforme a Seduc, de 766 escolas estaduais, apenas 10% aderiram a pralisação, sendo na capital, Várzea Grande e Primavera do Leste.
“Não vejo como um motivo para entrar com a paralisação, pois a Seduc está sempre mantendo o diálogo com os gestores das escolas. Na sexta-feira, ainda apresentamos a quitação da dívida até o dia 13 de agosto, mas não aceitaram”, ressaltou a secretária da Seduc, Marioneide Angelica Kliemaschewsk.
Conforme a secretária, a Seduc realizou em julho, o pagamento de 30% da dívida, que é equivalente a R$ 3.860.000.000 e os 70% restantes será quitado na próxima segunda-feira (13), sendo R$ 7 milhões. A segunda parcela deveria ter sido finalizada em junho, “porém com alguns problemas de fluxo de caixa, repassamos em julho apenas 30%”.
Marioneide ainda afirma que muitas escolas não ficam sem “nenhum” valor em caixa, devido ter recursos próprios, mas afirma que não quer “isentar” a responsabilidade de secretaria.
“Optamos em liberar pelo menos os 30% para garantir a continuidade das atividades nas unidades, mas mesmo assim, os gestores preferiram paralisar. Muitas escolas têm seu recurso por locação de quadras esportivas, cantinas e painel de publicidade. Essa é uma situação momentânea que estamos passando, mas vai ser resolvido com o pagamento do restante no dia 13”, destacou.
Esses repasses são necessários para a manutenção e execução dos trabalhos nas unidades escolares da rede estadual de ensino como limpeza, gás, telefone, internet, etc.
Conforme o presidente do Colegiado de Diretores do Estado, Dimas Antônio Silva, o governo do Estado não tem cumprido com as promessas feitas e por isso, não aceitaram a nova proposta.
"Estão sempre inventando uma desculpa. Dizem que vão pagar depois da folha do dia 10, em seguida, dizem que é depois do pagamento do transporte público. Desde maio eles vêm prometendo pagar, mas são só promessas e não cumprem", declarou o presidente.
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