Cuiabá, 08 de Setembro de 2024

CIDADES Quinta-feira, 13 de Dezembro de 2018, 10:53 - A | A

13 de Dezembro de 2018, 10h:53 - A | A

CIDADES / CASO RODRIGO CLARO

Taques acata pedido da PGE e investigações contra Ledur continuam

Claryssa Amorim



Ledur

 

O governador Pedro Taques (PSDB) negou o recurso interposto pela tenente do Corpo de Bombeiros, Izadora Ledur, que é acusada de torturar até a morte o aluno Rodrigo Claro, em 2016, durante aula prática na Lagoa Trevisan, em Cuiabá. A decisão é de terça-feira (11) e foi publicada no Diário Oficial do Estado.

 

A defesa apresentou o recurso com a intenção de adiar o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra a Ledur. Porém, a decisão do gestor acolheu integralmente o parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e determinou a continuidade das investigações.

 

Ao longo de dois anos, desde que as investigações foram iniciadas, a tenente tem apresentado vários atestados médicos alegando depressão profunda, o que acaba atrasando o andamento das investigações.

 

Segundo o parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE) assinado pelo procurador Patrick de Araújo Ayala, não tem coerência para o processo ser protelado por conta de atestados médicos. Lembrando que os documentos deveriam ser assinados por três especialistas, porém, os apresentados por Ledur foram assinados apenas por um médico.

 

O governador resolve “acolher na íntegra o Parecer nº 349/SGACI/2018 da Procuradoria-Geral do Estado; não reconhecer o recurso interposto, visto que as impugnações dirigidas perante atos internos do Conselho de Justificação devem ser dirimidos pela própria autoridade da comissão processante, bem como por não atender ao pressuposto requerido pelo art. 69, caput, da Lei Estadual nº 7.692/2002, para o fim de justificar o exercício da capacidade de revisão das decisões originárias do Chefe do Poder Executivo, que neste caso sequer foi emitida; determinar a notificação do interessado e seu defensor, pessoalmente, se houver, enviando-lhe o inteiro teor desta decisão. Cumpra-se”, cita a decisão do governador.

 

Entenda o caso

 

rodrigo Claro.jpg

 

Rodrigo Claro, de 21 anos, morreu após passar mal durante o treinamento do 16º Curso de Formação, na Lagoa Trevisan, em novembro de 2016. Segundo depoimento de colegas, na aula, Rodrigo reclamou de dores de cabeça e exaustão, porém, a tenente não deu atenção e o obrigou a continuar com o treinamento.

 

O Ministério Público Estadual (MPE) acusou Ledur por práticas de tortura durante o treinamento seguido de morte, apontando que apesar das dificuldades apresentadas pelo aluno nas atividades aquáticas, a tenente não se importou.

 

Além da tenente, também foram acusados pelo MPE, por ignorarem a situação utilizando-se de métodos totalmente reprováveis para “castigar” os alunos, os militares Marcelo Augusto Revéles Carvalho, Thales Emanuel da Silva Pereira, Diones Nunes Sirqueira, Francisco Alves de Barros e Eneas de Oliveira Xavier.

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