Wellyngton Souza / Única News

O mês de outubro ganhou um significado importante principalmente para as mulheres, pois é um período dedicado a luta contra o câncer de mama. Entidades sociais, públicas e privadas, abraçam a causa com o objetivo de alertar as mulheres para exames de prevenção e diagnóstico precoce da doença.
No último ano, um dos médicos mais conhecidos do país, dr. Dráuzio Varella, foi alvo de uma polêmica quando um vídeo que circula pelas redes sociais, alertava que o exame de mamografia 'é um desserviço às mulheres'. O caso ganhou repercussão durante o mês de campanha.
No vídeo, uma mulher não identificada, afirma que segundo Varella, os casos de câncer de tireóide em mulheres estariam aumentando por causa da realização de mamografias e radiografias odontológicas.
"Estou entrando em contato com uma advogada especialista em internet para tomar providências. Passamos tantos anos insistindo que as mulheres façam mamografia anualmente a partir dos 40 anos, e uma pessoa infeliz dessa usa meu nome para assustar as mulheres", disse durante entrevista à BBC Brasil.
Ele ressalta que, o que acontece é que, muitas vezes, o ultrassom de tireoide mostra nódulos que nunca iriam se manifestar, e assusta as pessoas com problemas que não são graves. "Mas é só isso, nem toquei na palavra mamografia", respondeu.
Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), aponta que cerca de 156 mulheres são diagnosticadas com câncer de mama no país. As estimativas para o biênio 2016-2017, são de 57.960 novos casos registrados somente em mulheres.
Em Mato Grosso
(Foto: Divulgação)

De acordo com a Associação de Apoio a Pessoas em Tratamento e Pós-Tratamento do Câncer de Mama (MTmamma), dados oficiais apontam que 710 novos casos devem ser registrados (100 a mais do que em 2015), desses, 220 estão na capital. No caso dos homens a doença é considerada como rara. A cada cem mulheres, apenas um homem poderia ser diagnosticado com câncer de mama.
Durante todo o mês de outubro, comemora-se a necessidade de prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. O médico oncologista, dr. Luiz Fernando, durante entrevista a uma rádio da capital, afirmou que de uma forma geral o câncer tem cura, especificamente o câncer de mama, a cura está relacionada com o diagnóstico precoce da paciente.
"O adequado é que seja diagnosticado o quanto antes, tem impacto na qualidade de vida quanto na sobrevida. Uma orientação para as mulheres de uma forma geral é que elas conheçam a mama, faça o toque e qualquer alteração procure um profissional. O câncer de mama diagnosticado precocemente não traz alteração no exame, nem do médico e paciente", disse.
Segundo o especialista, o ideal é que esse diagnóstico do câncer de mama seja feito antes que ele apareça clinicamente. "Isso só é possível através da mamografia. Outros métodos de imagem ajudam a complementar esse raciocínio - ultrassom e ressonância, a partir dos 40 anos é fundamental", alertou.
Já nas mulheres abaixo dos 40 anos não está indicado utilização rotineira da mamografia como rastreamento, ou seja, utilizar um exame sem que ela esteja sentindo alguma coisa. Essas mulheres devem ir ao especialista duas vezes por ano, as mamas devem ser avaliadas e na dependência da avaliação realização de exames complementares como ultrassom.
A questão estética é sem sombra de dúvida um grande terror para as mulheres que passam pelo processo de quimioterapia, visto que o tratamento em alguns casos é necessário a remoção das mamas. Luis Fernando ressaltou que o câncer pode ser de todas as proporções assim como o biótipo das pacientes e com isso pode haver a retirada completa da mama ou parcial.
"Sempre que possível sugerimos a remoção parcial da mama. Mas em alguns casos, é melhor optar pela retirada completa. A retirada parcial também pode causar um impacto na mulher desde social, sexual psicológico. E hoje estamos optando pela reconstrução da mama nessas situações".
Além da área privada na capital o Sistema Único de Saúde (SUS) em Cuiabá já atende pela reconstrução da mama. "A reconstrução é um processo fundamental e pode variar desde a colocação de prótese, retalhos musculares para compor essa mama". Para o especialista, a demora no tratamento da doença pela rede pública de saúde é devido ao grande número de pacientes que chegam de outros municípios e ainda a grande quantidade de pessoas vindas de outros estados.
"Existe no Brasil desde 2012, uma nacional que toda paciente diagnosticada deve iniciar o tratamento em até o máximo em 60 dias. O adequado é que seja diagnosticado o quanto antes. Essa seria a principal dificuldade pelo tratamento na rede pública".
No Brasil, o primeiro sinal de envolvimento com o ‘Outubro Rosa’ aconteceu em outubro de 2002, quando o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, foi iluminado com a cor. Em outubro de 2008, o movimento ganhou ainda mais força e várias cidades brasileiras abraçaram o movimento. (Com informações da Rádio Capital FM 109,1)
ENTRE EM NOSSO CANAL AQUI
RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS NO WHATSAPP! GRUPO 1 - GRUPO 2 - GRUPO 3