Diego Frederici / Com assessoria
Reprodução / Internet

Quase 1,2 mil casos (1.195) de violência sexual contra crianças e adolescentes foram registrados em Mato Grosso entre janeiro e agosto deste ano, segundo dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP). Na comparação com o mesmo período de 2015, quando somaram 829 registros, houve um crescimento de 44,14%. Estupro de vulnerável, estupro tentado e estupro (consolidado) são, nesta ordem, as principais agressões. No Brasil, eles são considerados crimes hediondos.
Os números mostram um cenário alarmante também para o estupro de vulnerável (conjunção carnal ou outro ato libidinoso com menor de 14): foram 628 casos neste ano, contra 447 em 2015. A alta entre um ano e outro chegou a 40,4%. Sobre estupro tentado, avançaram de 107 para 167 (+56%).
Joana, que é o nome fictício de uma mãe cuja identidade não será revelada, conhece bem os números que as estatísticas mostram. A filha da dona de casa foi abusada sexualmente dos 05 aos 13 anos pelo próprio pai em Sinop. A cena do crime foi a própria residência onde a família morava. “Ela [filha] foi contar quando a criança já tinha um ano”, conta Joana.
No único Conselho Tutelar da cidade a falta de estrutura é ainda maior: são apenas cinco conselheiros para atuar em uma cidade com 130 mil habitantes. Ou seja, é um profissional para cada grupo de 26 mil habitantes.
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