Ari Miranda
Única News
O criminoso Bruno Fernandes de Souza Costa (24), conhecido “Bruninho”, foi condenado a 24 anos e quatro meses de cadeia pelo homicídio qualificado do Josionaldo Ferreira de Araújo (46), popularmente conhecido como “Naldo ‘Rei do Tereré’”, no bairro Dom Aquino, em Cuiabá.
O Tribunal do Júri do criminoso ocorreu nesta segunda-feira (18), no Fótum da Capital. “Naldo” foi morto a tiros no dia 19 de dezembro de 2022 em frente a uma de suas bancas, no Shopping Popular da Capital, após ser abordado por “Bruninho” e seu comparsa, Wenderson Santos Souza (24), que durante a fuga acabou entrando em confronto com policiais militares e morreu.
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A condenação atendeu aos termos da denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) com o reconhecimento de três qualificadoras: motivo torpe, perigo comum e utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Foi apurado durante a investigação criminal Bruno e seu comparsa chegaram ao Shopping Popular com a clara intenção de matar o comerciante à mando de uma facção criminosa.
Conforme noticiado pelo Única News, a motivação do crime, segundo as investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, teria sido a venda ilegal de cigarros contrabandeados do Paraguai pelo “Rei do Tereré” em uma de suas bancas, no local do crime.
Imagens do circuito interno do Shopping Popular demonstraram que Wenderson e Bruno não conheciam seu alvo, razão pela qual ficaram perambulando pelo local por alguns minutos falando ao telefone com alguém, que possivelmente estava passando a eles as características de “Naldo”.
“Quando Wenderson finalmente cruza com o ofendido, aponta imediatamente para seu comparsa Bruno, afirmando ‘É Este!’, e em questão de segundos Bruno retira a atenção da vítima, enquanto Wenderson dispara em seu desfavor a pistola Taurus .380, causando-lhe os ferimentos descritos no exame de corpo de delito que foram a causa da sua morte”, cita trecho da denúncia.
Durante a fuga, segundo o MPE, os réus trocaram tiros com a Polícia Militar, ocasião em que Wenderson acabou sendo alvejado e morreu. Com ele, foi encontrada a pistola .380 usada no crime e mais 23 munições intactas.
Já “Bruninho”, que à época do crime tinha 22 anos, foi preso em flagrante com um um revólver .38 com seis munições.
Consta ainda no processo que o acusado tinha outros 15 boletins de ocorrências em sua ficha criminal, e que a maioria o aponta como integrante de facção criminosa. Além disso, descobriu-se que Wenderson, morto no confronto com a PM era faccionado, vindo do Estado da Bahia.
Com a condenação, o réu, que já está preso desde o dia do assassinato, não poderá recorrer da sentença em liberdade.
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