Thays Amorim
Única News
A juíza plantonista Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa afirmou que a jornalista identificada como Nildes de Souza, de 37 anos, que jogou um copo de cerveja em um policial militar na Praça Popular, em Cuiabá, afirmou que a suspeita a destratou e foi irônica na audiência de custódia também com um promotor de Justiça, na última terça-feira (12).
A jornalista chegou a ser presa, mas teve a liberdade provisória deferida pela juíza mediante ao pagamento de fiança de R$ 1,1 mil. A magistrada determinou medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica por 90 dias, recolhimento noturno entre as 22h às 6h, proibição de frequentar bares e boates, além do comparecimento aos Alcoólicos Anônimos pelo período de seis meses.
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A Polícia Civil apontou que Nildes tem 22 antecedentes criminais, registrados por meio de boletins de ocorrência. Por outro lado, a defesa afirmou que ela possui endereço fixo e é mãe de dois filhos menores de 12 anos.
A mulher é diagnosticada com transtorno bipolar e foi apontada como dependente química de álcool, com relatos de ameaça de morte.
Segundo a decisão da juíza de plantão, a mulher demonstrou menosprezo em relação ao Judiciário.
"Isto porque, no caso dos autos, a despeito dos antecedentes criminais da custodiada e de ficar demonstrado em audiência o menosprezo dela em relação ao Judiciário, não parecendo se importar com os processos que responde, sendo irônica e destratando a magistrada e o Promotor de Justiça, há que se considerar que os crimes a ela atribuídos são punidos com detenção, estando, portanto, sujeita ao cumprimento da pena em regime diverso do fechado", diz trecho da decisão.
Apesar de considerar a prisão, a juíza afirmou que caso seja eventualmente condenado pelos crimes, a jornalista deve cumprir regime mais brando, com a aplicação de cautelares.
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"Não bastasse isso, nada há que justifique a custódia com relação à conveniência da instrução criminal, tendo em vista que nada faz supor que conturbará a colheita de provas. Da mesma forma, pode se dizer quanto à garantia de aplicação da lei penal, pois, como possui domicílio certo, não há indicativos de que se furtará da aplicação da lei, caso seja colocado em liberdade", apontou.
Entenda
O caso ocorreu na Praça Popular, em Cuiabá, na noite da segunda-feira (11). O policial afirmou que estava realizando uma patrulha no local quando a suspeita jogou uma garrafa de cerveja viatura. Ao se aproximar, a mulher começou a ameaçar e jogou um copo de cerveja no rosto do militar.
Nesse momento, foi dado ordem de prisão. Nildes resistiu e chegou a dar um pontapé contra o policial, derrubando-o no chão. O militar utilizou de força para imobilizar a mulher e realizar a sua detenção. Um outro policial que acompanhava a prisão apresentou uma lesão no braço direito, ocasionada pela suspeita durante o momento da detenção.
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