Cuiabá, 25 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Sexta-feira, 19 de Janeiro de 2024, 08:55 - A | A

19 de Janeiro de 2024, 08h:55 - A | A

JUDICIÁRIO / CASO ROBERTO ZAMPIERI

Juiz determina soltura de empresária que mandou matar advogado em Cuiabá

Por falta de provas, Maria Angélica Gontijo ganhou liberdade e deverá ser solta mediante uso de tornozeleira eletrônica e permanência em MT.

Ari Miranda
Única News



Reprodução

MARIA ANGÉLICA - CASO ZAMPIERI.jpg

A empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo, suspeita de ser mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri (no detalhe).

O juiz do Núcleo de Inquérito Policiais (NIPO) ordenou a soltura da farmacêutica e empresária mineira Maria Angélica Caixeta Gontijo (40), apontada pelas investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá como mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri (56), ocorrido no dia 5 de dezembro, no bairro Bosque da Saúde, na capital. A decisão foi publicada na noite desta quinta-feira (18).

Segundo informações, Maria Angélica será liberada mediante o uso de tornozeleira eletrônica e não poderá retornar à cidade de Patos de Minas (MG), local onde ela morava e foi presa em 20 de dezembro do ano passado, devendo, segundo a ordem judicial, estabelecer residência em Mato Grosso.

Além disso, a empresária teve seu passaporte confiscado e o registro de CAC suspenso. Um dos argumentos usados pela defesa é de que ela tem uma filha de 4 anos e parentes idosos em Ribeirão Cascalheira (782 km de Cuiabá), local onde fica a fazenda alvo de disputa judicial entre ela e Roberto Zampieri e que foi o ‘estopim’ para a execução do advogado na capital mato-grossense.

Na mesma decisão, o juiz negou a soltura do pistoleiro Antônio Gomes da Silva, executor do crime, e também de Hedilerson Fialho Martins Barbosa, apontado como o intermediador que contratou Antônio para matar o advogado e que veio de Belo Horizonte (MG) para Cuiabá trazer a arma para o atirador executar Zampieri.

Segundo o delegado Nilson Farias, da DHPP Cuiabá, a soltura de Maria Angélica Gontijo ocorreu devido a falta de provas concretas de sua participação no homicídio do jurista. Já o envolvimento de Antônio Gomes e Hedilerson Fialho foi comprovado, devido à clareza de provas.

"Os executores estavam com a arma do crime. Eles têm mais provas que indicam a participação [no crime]. A ligação dela [Maria Angélica] ainda não está tão forte em termos de normas técnicas. Como foi crime de mando, a polícia investiga o elo entre ela e eles [executores]”, disse.

AS PRISÕES

A mandante, o executor, o intermediário e o oficial do Exército foram presos todos em Minas Gerais.

Maria Angélica foi presa em 20 de dezembro, na cidade de Patos de Minas, interior do estado. No mesmo dia, Antônio foi preso em Santa Luzia, cidade na região metropolitana de Belo Horizonte.

Já Hedilerson foi preso em 22 de dezembro, no stand de tiro onde ele atuava como instrutor, na cidade de Belo Horizonte. E, por fim, a prisão do coronel da reserva do Exército Brasileiro (EB), Etevaldo Caçadini Cargas, preso também na capital mineira, na última segunda-feira (15).

Maria Angélica, Antônio Gomes e Hedilerson Fialho foram transferidos para Cuiabá em 23 de dezembro do ano passado. Já o coronel Etevaldo Caçadini foi transferido no mesmo dia de sua prisão para a capital de MT.

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