Thays Amorim
Única News
O juiz João Bosco Soares da Silva manteve a prisão de Elon Lopes da Silva, 34 anos, acusado de estuprar uma adolescente de 16 anos e uma mulher de 41 anos, na praça Rachid Jaudy, em Cuiabá. O suspeito negou os crimes em audiência de custódia realizada na noite da sexta-feira (11).
O magistrado homologou o auto de prisão em flagrante e afirmou que não há o que se falar em “relaxamento da medida”.
Ao converter a prisão temporária para preventiva, o juiz destacou que existem fortes indícios contra o suspeito, já que as vítimas o reconheceram e, em crimes cometidos sem testemunhas, a palavra da vítima possui um maior peso.
“Segundo, porque se verifica a figura do fumus boni iuris (fumus comissi delicti), consubstanciado na existência do crime tipificado nos art. 217-A, § 1º e 213, do CP, e nos fortes indícios de autoria delitiva fundado, especialmente nas declarações das vítimas, que reconheceram o conduzido como sendo o autor do crime através de reconhecimento pessoal. A esse respeito devemos pontuar que, apesar de o autuado ter negado a prática do crime a ele atribuído, “... nos crimes contra a dignidade sexual, a palavra da vítima reveste-se de valia maior, considerado o fato de serem praticados sem a presença de terceiros”, apontou, em trecho da decisão.
A decisão aponta ainda que não existem elementos que comprovem que Elon estaria sendo acusado injustamente, por qualquer motivo. O magistrado justificou a prisão ainda pela periculosidade do criminoso, que poderia atentar contra as vítimas.
“Desta forma, a medida extrema é a única apta a salvaguardar a ordem pública e a conveniência da instrução processual, não sendo as medidas cautelares diversas da prisão mecanismos suficientes para preservar tal”, pontuou.
O crime
O suspeito foi preso na tarde da última quinta-feira (10), após se envolver em uma briga com um morador de rua, que fica na região da praça, localizada no Centro de Cuiabá. O estupro contra a menor e a mulher de 41 anos haviam ocorrido no mesmo dia, na terça-feira (08).
Os policiais realizaram contato com as vítimas, que imediatamente reconheceram Elon. Uma das vítimas reconheceu o criminoso pela sua tatuagem no rosto, enquanto a outra o reconheceu pelos chinelos.
Elon possui passagem policial por lesão corporal e já chegou a agredir a ex-esposa em 2016, por duas vezes, segundo informações do comandante do Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), o tenente-coronel Dorileo.
O criminoso teria estuprado as vítimas com a ajuda de uma segunda pessoa, que ainda não teve a sua identidade divulgada. A Polícia possui imagens preliminares, sendo que uma das vítimas afirmou que ele possui uma tatuagem no braço.
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