Abraão Ribeiro
Única News
A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Mendes, negou a liberação de dois veículos pertencentes ao empresário Giovanni Zem Rodrigues, genro do ex-comendador João Arcanjo Ribeiro, tido como chefe do crime organizado no final dos anos 90 e começo dos anos 2000 em Mato Grosso. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (22), no Diário da Justiça.
Os veículos são um Fiat Toro e um SUV Honda WR-V. Ambos estão bloqueados desde 2019, quando o empresário foi alvo da Operação Mantus, que desarticulou dois grupos acusados de exploração ilegal do jogo do bicho em Mato Grosso.
No pedido de liberação dos bens, a defesa do empresário argumentou que apesar dos automóveis estarem registrados em seu nome, na verdade pertencem à sua empresa, a Granito Muito Mais Soluções em Serviços e Locação Eireli (antiga denominação RR Pago Eireli). Além disso, os dois veículos foram comprados com dinheiro lícito.
Em sua decisão, a magistrada afirmou que as provas colhidas até o momento indicam que Giovanni Zem usou a empresa para a prática do delito de lavagem de dinheiro.
“Importa consignar, que segundo as investigações das autoridades policiais, Giovani exercia cargo de liderança na Orcrim, e que a empresa Granito Muito Mais Soluções em Serviços e Locação Eireli, era sediada em imóvel de João Arcanjo, e administrada por Giovanni, que utilizava a referida empresa para lavagem de capitais oriundos do jogo do bicho, mediante técnica de smurfing e mescla”, diz um dos trechos da decisão.
A Operação Mantus foi deflagrada pela Polícia Civil em maio de 2019 e investigou dois grupos suspeitos de envolvimento com lavagem de dinheiro e jogo do bicho em Mato Grosso. O primeiro acusado seria a “Colibri”, supostamente seria chefiada por Zem e Arcanjo. A segunda seria a Ello/FMC, que seria liderada pelo empresário Frederico Muller Coutinho.
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