Cuiabá, 18 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Sexta-feira, 17 de Dezembro de 2021, 17:16 - A | A

17 de Dezembro de 2021, 17h:16 - A | A

JUDICIÁRIO / NEGOU PEDIDO DE PRISÃO

Justiça recebe denúncia contra 4 indígenas que espancaram xavante até a morte na frente do filho

Thays Amorim
Única News



A Justiça Federal acatou a denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) contra quatro indígenas Xavante pelo homicídio de Severino Tsaridu, da mesma etnia. O Judiciário negou o pedido de prisão preventiva de um dos réus, Ary Maraiho, responsável por liderar o grupo que agrediu a vítima.

Além de Ary, são réus Anderson Siruia, Humberto Sa Eomo Wad Tserehibru Xavante e Jair Simrihu. Eles são acusados de homicídio qualificado por motivo fútil, com emprego de meios cruéis e que impossibilitaram a defesa da vítima.

O crime ocorreu no dia 10 março deste ano, na Terra Indígena Areões, localizada no município de Nova Nazaré (a 720 km de Cuiabá).

A denúncia foi ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF). O órgão recorreu contra a negativa do pedido de prisão, em face de Ary, por entender que a decisão vai contra a jurisprudência firmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A vítima, Severino Tsaridu Xavante, foi espancada até a morte com socos, chutes e golpes de borduna (arma indígena) na presença de seu filho de 17 anos e do irmão da vítima, que também foram agredidos para que não defendessem Severino. Após a morte, os agressores ainda impediram por um tempo, tanto o irmão da vítima como o filho, de chegar próximo ao corpo.

De acordo com a denúncia feita pelo MPF, o carro em que estava Severino e outros quatro indígenas enguiçou na estrada de acesso à Aldeia Dois Galhos e aldeias vizinhas. Como a passagem ficou interrompida, a vítima e os demais ocupantes do veículo foram abordados por alguns indígenas das Aldeias Pequi e Cachoeira, entre eles o acusado Ary Maraiho, que aparentava estar sob efeito de álcool e teria dado início a uma discussão.

Maraiho foi até sua aldeia e voltou em companhia de outros indígenas, que se reuniram no local onde estava Severino e o agrediram até a morte.

O fato está sendo julgado pela Justiça Federal porque o homicídio não teria sido motivado apenas pela interrupção do fluxo na estrada pelo veículo estragado, mas por disputas relacionadas à comercialização ilegal de madeira nas terras indígenas. (Com informações do MPF)

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