Letícia Corrêa
Única News
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negou, em decisão publicada nesta segunda-feira (16), o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Larissa Karolina Silva Moreira, acusada de matar diversos gatos em Cuiabá. A decisão foi tomada pelo desembargador Lídio Modesto da Silva Filho, durante o plantão criminal do TJ.
A Defensoria Pública, responsável pelo pedido, alegou ilegalidade na prisão, sustentando que os fatos ocorreram dias antes da detenção e que Larissa não possui antecedentes criminais. Também foi apontada a possibilidade de aplicação de medidas cautelares alternativas, como o uso de tornozeleira eletrônica ou a proibição de contato com testemunhas.
O magistrado, no entanto, manteve a prisão preventiva, citando a gravidade do crime, o risco de reiteração e a necessidade de preservar a ordem pública e a regularidade da investigação. O TJ considerou que os elementos já reunidos pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (DEMA), que apontam indícios suficientes da autoria.
Larissa está presa desde o dia 13 de junho, após a localização de corpos de animais em um terreno baldio nos fundos do prédio onde ela mora, além de vestígios de sangue dentro da residência.
O processo seguirá para distribuição regular após o plantão.
Até o momento, o namorado da acusada, que confessou ter adotado gatos a pedido dela, segue em liberdade.
O caso continua sob investigação.
SUSPEITA DE ZOOFILIA
A Polícia Civil de Cuiabá aprofunda a investigação sobre um caso chocante de crueldade animal que levou à prisão de uma mulher trans, nesta sexta-feira (13), por suspeita de zoofilia.
Segundo o delegado Guilherme Pompeo Pimenta Negri, da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), uma perícia é crucial para determinar a extensão dos maus-tratos, incluindo a suspeita de abuso sexual contra os animais.
Mulher transexual de 28 anos, identificada como Larissa, foi presa no bairro Porto. Ela e seu companheiro, que está foragido, são suspeitos de uma série de atos brutais: abusar, torturar e matar cães e gatos, além de supostamente gravar e vender vídeos dessas ações criminosas na internet.
"Depende da perícia que vai analisar o ânus do animal para ver se sugere algum tipo de abuso com o animal. Só com a perícia para termos conhecimento se de fato isso foi feito", explicou o delegado Guilherme Pompeo, destacando a importância do laudo técnico para confirmar a acusação de zoofilia.
Ele ressaltou que todas as condutas — maltratar, causar a morte ou abusar sexualmente de animais — são tratadas como maus-tratos qualificados, que preveem pena mais alta quando se trata de cães ou gatos.
PROVAS NA CASA
As investigações tiveram início na última quarta-feira (11), após uma denúncia da presidente de uma ONG de proteção animal de Cuiabá à Dema.
A denúncia indicava que o casal havia adotado um gato, mas não cumpria o compromisso de informar sobre o bem-estar do animal, e outros protetores já alertavam sobre o padrão de comportamento, com animais desaparecendo após a adoção. A denunciante também relatou ter sido ameaçada pela suspeita.
Na manhã desta sexta-feira (13), policiais civis foram até a residência da mulher, já com a informação de que o gato adotado havia sido morto e descartado em um terreno próximo. No local, a suspeita permaneceu em silêncio.
A equipe da Dema resgatou um filhote de cachorro, encontrou um lençol com manchas de sangue e rações para gato, mas nenhum felino vivo. O corpo do gato adotado foi localizado pelos investigadores no terreno indicado.
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