Única News
Da Redação
A Polícia Civil de Cuiabá aprofunda a investigação sobre um caso chocante de crueldade animal que levou à prisão de uma mulher trans, nesta sexta-feira (13), por suspeita de zoofilia.
Segundo o delegado Guilherme Pompeo Pimenta Negri, da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), uma perícia é crucial para determinar a extensão dos maus-tratos, incluindo a suspeita de abuso sexual contra os animais.
Mulher transexual de 28 anos, identificada como Larissa, foi presa no bairro Porto. Ela e seu companheiro, que está foragido, são suspeitos de uma série de atos brutais: abusar, torturar e matar cães e gatos, além de supostamente gravar e vender vídeos dessas ações criminosas na internet.
Depende da perícia que vai analisar o ânus do animal para ver se sugere algum tipo de abuso com o animal. Só com a perícia para termos conhecimento se de fato isso foi feito
"Depende da perícia que vai analisar o ânus do animal para ver se sugere algum tipo de abuso com o animal. Só com a perícia para termos conhecimento se de fato isso foi feito", explicou o delegado Guilherme Pompeo, destacando a importância do laudo técnico para confirmar a acusação de zoofilia.
Ele ressaltou que todas as condutas — maltratar, causar a morte ou abusar sexualmente de animais — são tratadas como maus-tratos qualificados, que preveem pena mais alta quando se trata de cães ou gatos.
Provas encontradas
As investigações tiveram início na última quarta-feira (11), após uma denúncia da presidente de uma ONG de proteção animal de Cuiabá à Dema.
A denúncia indicava que o casal havia adotado um gato, mas não cumpria o compromisso de informar sobre o bem-estar do animal, e outros protetores já alertavam sobre o padrão de comportamento, com animais desaparecendo após a adoção. A denunciante também relatou ter sido ameaçada pela suspeita.
Na manhã desta sexta-feira (13), policiais civis foram até a residência da mulher, já com a informação de que o gato adotado havia sido morto e descartado em um terreno próximo. No local, a suspeita permaneceu em silêncio.
A equipe da Dema resgatou um filhote de cachorro, encontrou um lençol com manchas de sangue e rações para gato, mas nenhum
PJC-MT

Manchas de sangue foram encontradas em casa de casal suspeito de zoofilia.
felino vivo. O corpo do gato adotado foi localizado pelos investigadores no terreno indicado. O companheiro da suspeita, apontado como participante dos crimes, não foi encontrado e é considerado foragido.
Segundo o ativista Marlon Figueiredo, um dos denunciantes, o casal utilizava grupos de adoção em redes sociais para captar cães e gatos. Ele afirma que os animais eram levados para a residência onde seriam torturados e mortos com requintes de crueldade, com a suspeita de que os vídeos eram gravados e comercializados. Estima-se que mais de 11 animais possam ter sido vítimas dessa onda de violência.
A mulher detida foi levada à Dema para interrogatório e permanece à disposição da Justiça, enquanto a Polícia Civil prossegue com as buscas pelo segundo suspeito e aguarda o resultado da perícia.
Pena
A pena para este tipo de crime pode ser de de 2 (dois) a 5 (cinco) anos de reclusão, além de multa e a proibição da guarda do animal. Se os maus-tratos resultarem na morte do animal, a pena pode ser aumentada de um sexto a um terço
Zoofilia: Embora a zoofilia não tenha um tipo penal específico no Brasil, ela é enquadrada como maus-tratos qualificados, especialmente por se tratar de "abuso", que é um dos verbos do Artigo 32. A perícia é fundamental para comprovar esse tipo de abuso.
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