Aline Almeida
Única News
Foto: Roger Perisson
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou maioria para acolher o recurso do ex-deputado federal Neri Geller (PP) contra a cassação do seu mandato, que o tornou inelegível. A votação do recurso iniciou dia 8 de dezembro e está prevista para ser concluída nesta sexta (15).
A cassação e, consequentemente, a inelegibilidade de Neri foram os principais fatores que o impediram de assumir um cargo no governo do presidente Lula (PT), sendo impedido de assumir pela Casa Civil. Com o recurso provido, Neri poderá assumir cargo em Brasília.
Votaram a favor de Neri, o relator Raul Araújo, o presidente do TSE Alexandre de Moraes, e os ministros Ramos Tavares e Floriano de Azevedo Marques. Ainda faltam os votos de Nunes Marques e Cármen Lúcia, que está sendo substituída por Isabel Gallotti. O recurso é julgado no plenário virtual.
Neri teve o mandato cassado em agosto de 2022, perto da “largada” das eleições. Ele até então era pré-candidato ao Senado e não conseguiu levar adiante sua candidatura, visto que perdeu apoio e ficou proibido de usar recursos do fundo eleitoral para sua campanha.
A cassação do ex-deputado ocorreu após o Ministério Público Eleitoral o acusar de triangulação financeira durante a campanha de 2018, além de abuso de poder econômico, culminado com a prática de arrecadação de gastos ilícitos.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Neri realizou doações na campanha de 2018, que totalizaram R$ 1,327 milhão, em favor de 11 candidatos que concorreram ao cargo de deputado estadual. Somados aos próprios gastos de Neri, que foram declarados no valor de R$ 2,4 milhões, o total ultrapassa o teto de gastos de campanha, estipulado em R$ 2,5 milhões. Em resposta, Geller negou as acusações e diz que o recurso recebido seria referente a transações comerciais, já que é produtor rural.
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