Ari Miranda
Única News
Gilberto Leite/Estadão MT
A vereadora Fabiana Nascimento, a "Fabiana Advogada".
Em conversa com a imprensa no final desta semana, a vereadora Fabiana Nascimento (PRD) disse ter sido cassada injustamente pela Câmara de Vereadores de Chapada dos Guimarães (65 Km de Cuiabá) e afirmou que vai recorrer do resultado na Justiça.
“Fabiana Advogada”, como é conhecida no município, respondia a um Processo Administrativo por supostamente infringir a Lei Orgânica Municipal, após ser acusada por supostamente advogar contra o Município, e teve seu mandado cassaso na última quinta-feira (21) por 9 votos a 2.
“Estou aguardando eles [da Mesa Diretora] publicarem, para eu ter acesso ao decreto e entrar com a ação judicial. Me considero uma vereadora cassada injustamente, por não pactuar com os erros da gestão e por fiscalizar o trabalho deles”, afirmou.
A parlamentar cassada ainda criticou os colegas de parlamento por justificarem sua cassação embasados em questões pessoais.
Segundo Fabiana, todos os 9 vereadores que votaram para cassar seu mandato deixaram de lado sua atuação como parlamentar e até mesmo o processo que ela respondia, sobre ter advogado contra o município.
“Eu fiquei bem triste, aborrecida com o fundamento. Esperava que tivesse fundamento em cima da matéria que estava sendo julgada, não na minha vida pessoal. Se eu sou solteira, se sou mãe solo, eles não tem nada a ver com isso. A gente está lá para trabalhar e não para agradar colegas”, disse.
PERSEGUIÇÃO POLÍTICA
Durante a semana, antes da votação que cassou seu mandato, Fabiana Advogada havia dito à imprensa que estava sendo vítima de perseguição política pelos colegas de parlamento, assim como o secretário municipal de Governo e ex-prefeito de Chapada dos Guimarães, Gilberto Mello, que a denunciou por supostamente advogar contra o município.
Agora, com o resultado final da cassação, Fabiana afirmou que vai usar todas as medidas cabíveis para reaver o mandato.
“É preciso aguardar a decisão. Mas eu acredito no judiciário, porque ele é um órgão sério e ali tem documentos de sobra que demonstram que eu não advoguei contra o município”, afirmou.
“Eu não estou lá [na Câmara de Chapada] para ser julgada se sou legal, se sou simpática, se sou grossa. Estou lá para exercer meu papel de vereadora”, concluiu.
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