03 de Maio de 2025
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POLÍCIA Quinta-feira, 06 de Março de 2025, 18:34 - A | A

06 de Março de 2025, 18h:34 - A | A

POLÍCIA / OFFICE CRIMES

Associação defende inocência de PM alvo de operação por envolvimento na morte de Renato Nery

Embora cinco policiais militares tenham sido alvo das investigações, a ACS optou por não divulgar o nome do associado que defende, alegando que a exposição traria “consequências irreparáveis a sua vida profissional e privada”

Christinny dos Santos
Da redação



A Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros (ACS-MT), por meio do presidente Laudicério Machado, defendeu a inocência de um dos policiais militares alvo da Operação Office Crimes — A Outra Face, que investiga o assassinato do advogado Renato Nery.

Embora cinco policiais militares tenham sido alvo das investigações, a ACS optou por não divulgar o nome do associado que defende, alegando que a exposição traria “consequências irreparáveis a sua vida profissional e privada”.

Renato Gomes Nery foi baleado na manhã do dia 05 de julho de 2024, em frente ao seu escritório, localizado na Av. Fenando Corrêa da Costa, em Cuiabá. Pelo menos um, de sete disparos, atingiu a cabeça do advogado, que chegou a ser socorrido e passar por cirurgia, mas morreu no dia seguinte ao atentado. Desde então, a Polícia Civil já deflagrou ao menos três operações de busca e apreensão contra possíveis envolvidos.

Acompanhe o caso aqui

Nesta última, deflagrada nesta quinta-feira (06), foram cumpridos seis mandados de prisão temporária contra envolvidos no crime, sendo cinco policiais militares e o executor do crime, um homem que trabalha como caseiro para um deles. Foi aprendida também a arma do crime utilizada para executar Renato Nery.

Por meio de nota, a ACS afirmou que acredita na inocência de seu associado, "um policial valoroso", motivo pelo qual optou por preservar sua identidade. A associação informou ainda que oferecerá todo suporte jurídico para o militar e colocará à disposição dele "o renomado perito criminal Sérgio Hernandez, para eventual análise da perícia realizada na arma encontrada".

Alvos da operação

Foram alvos da operação o cabo Wailson Alessandro Medeiros Ramos, o 3º Sargento Leandro Cardoso, o 3º Sargento PM Heron Teixeira Pena Vieira, que está foragido, e o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva.

Investigações

Dezoito dias antes de ser executado, Nery procurou a OAB e registrou uma denúncia contra Antonio João de Carvalho Junior, colega de profissão e um dos alvos da Operação Office Crime, por um suposto “conluio” envolvendo também outros profissionais. Nesse processo, Renato acusou o colega de se apropriar e negociar uma área de 2.579 hectares, que ele havia recebido como honorários de uma de reintegração de posse de uma terra de 12.413 hectares, localizada no leste do estado.

Nery advogou no caso em 1988 e, desde então, lutava para obter a parte da terra a que tinha direito.

Em 30 de julho deste ano, 24 dias após a morte de Renato, a DHPP cumpriu três mandados de busca e apreensão nas cidades de Guarantã do Norte (708 km de Cuiabá), Cuiabá e Várzea Grande. Já em setembro, foi realizada uma perícia complementar, para auxiliar na identificação do pistoleiro que executou o crime. Ainda em julho, o delegado de Polícia Civil, Bruno Abreu Magalhães, adiantou ao Única News que a principal linha de investigação do crime já era a disputa de terras. Ao deflagrar a Operação Office Crime, as autoridades confirmaram motivação.

Mais tarde a Operação Office Crime cumpriu outros cinco mandados de busca e apreensão contra os advogados: Antonio João de Carvalho Junior, Agnaldo Bezerra Bonfim e Gaylussac Dantas de Araujo; e o casal de empresários: Cesar Jorge Sechi Julinere Goulart Bastos.

No entanto, nenhum detalhe havia sido divulgado e ninguém havia sido preso até a fase deflagrada nesta quinta-feria (06), “A Outra Face”.

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