Cuiabá, 16 de Junho de 2024

POLÍCIA Sábado, 04 de Maio de 2019, 11:20 - A | A

04 de Maio de 2019, 11h:20 - A | A

POLÍCIA / CASO LILIAN CALIXTO

Cassação do registro profissional do Dr.Bumbum é mantido pelo Conselho Federal

Única News
Da Redação



O Conselho Federal de Medicina (CFM) manteve a cassação do médico Denis Cesar Barros Furtado , conhecido como Dr. Bumbum . Na Justiça, ele é acusado de homicídio doloso pela morte da bancária Lilian Calixto , durante um procedimento estético em julho do ano passado, no Rio.

A decisão, por unanimidade de votos no pleno do CFM, ocorreu em 24 de abril, com acórdão publicado no Diário Oficial da União na última segunda-feira. A punição, no entanto, só se tornará efetiva após o cumprimento de alguns trâmites. Confirmados todos eles, o Dr. Bumbum estará proibido de exercer a medicina em todo o território nacional.

Ele tinha registro profissional no Distrito Federal e no estado de Goiás, locais onde podia exercer sua profissão. Embora o procedimento de Lilian Calixto estivesse marcado para Brasília, no entanto, dias antes ela foi informada que as intervenções só poderiam ocorrer no Rio, em um apartamento da Barra da Tijuca. Depois de Lilian ter aplicado a substância PMMA (um derivado de acrílico) nos glúteos, ela morreu no dia 15 de julho do ano passado, segundo laudo do Instituto Médico Legal do Rio, com uma embolia pulmonar.

Na mesma semana, o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) cassou seu registro, em primeira instância, num processo de 2016. Cabia, no entanto, recurso no CFM, que foi julgado esta semana.

Os conselheiros do CRM-DF dizem que não podem se pronunciar sobre casos concretos, como o do Dr. Bumbum. O conselheiro Cristopher Martins, no entanto, explica o rito normalmente seguido. Após a instauração de uma sindicância nos conselhos regionais, diz ele, as denúncias são apreciadas e, se as suspeitas forem fundamentadas, é instalado um processo ético disciplinar, com direito a ampla defesa do acusado.

"As punições vão desde uma repreensão ou censura pública à pena maior, que é a cassação. Nessas situações, o caso vai ao Conselho Federal, onde será julgado em segunda instância. Enquanto estiver recorrendo, o profissional pode exercer suas funções. Mas, se for mantida a cassação, não cabe mais recurso administrativo. Após a publicação do acórdão, a decisão é remetida ao conselho regional, que vai executar a pena. É preciso que ela seja publicada em Diário Oficial e em um jornal de grande circulação, além de o registro do médico aparecer como cassado no site do conselho", explica Martins.

Segundo ele, é raro, mas há alguns casos em que os punidos recorrem à Justiça comum.

Denis Furtado afirmou na noite desta sexta-feira que recorrerá da decisão judicialmente. Ele se defendeu das acusações:

Não posso ser penalizado com cassacão, sem jamais ter tido sequer uma única repreensão no CRM. O óbito de Lilian Calixto, aconteceu em no por negligência do atendimento do médico plantonista, como demonstrado no laudo pericial, cientificamente já comprovado pelo laudo do perito, pela causa de infarto agudo do miocárdio, sem nexo de causalidade com o procedimento estético realizado por mim, totalmente dentro dos parâmetros técnicos designados pelos órgãos competentes, o que foi muito bem observado perante a magistrada na última audiência. Portanto, além de minha inocência já demonstrada nos autos, seria um absurdo de arbitrariedade do CRM em prosseguir com uma cassacão por esse motivo, no caso totalmente persecutorio, assim, tenho certeza que a justiça dará a última palavra.

O médido ainda ressaltou que, a bioplastia não se trata de uma cirurgia:

"Reitero que a bioplastia não é uma cirurgia, é uma injeção de preenchimento corporal e facial com pmma, que jamais causou sequer um óbito, e após mais de 9000 pacientes realizados, continuo confiando na técnica. O óbito de minha paciente Lilian Calixto, assim como o óbito da paciente do médico Roberto Chacur, também expoente na área da bioplastia, ocorrido em janeiro de 2018, foram portanto, fatalidades corroboradas por fatores adversos ao procedimento", completou ele.

Denis Fusrtado chegou a ser preso, em julho do ano passado. No entanto, uma determinação da Sétima Câmara Criminal do Rio o soltou, no fim de janeiro deste ano. A prisão foi substituída por medidas cautelares, como a proibição de se ausentar da comarca do Rio e do país sem autorização judicial.(Com Jornal O Globo)

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