Euziany Teodoro
Única News
O juiz Francisco Ney Gaíva, em audiência de custódia do policial militar Ricker Maximiano de Moraes, 35 anos, que assassinou a esposa Gabrieli Daniel de Moraes, na noite desse domingo (26), em Cuiabá, converteu a prisão em flagrante para preventiva e decidiu manter o feminicida preso. Ele ficará custodiado em cela no Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Ao decidir pela manutenção da prisão, o juiz citou que Ricker agiu com intenção deliberada, pois além de ser policial militar, também tem treinamento para uso de armas. Ele matou Gabrieli com 3 tiros de pistola .40, armamento institucional usado por policiais militares.
“Há ainda o agravante de ser ele policial militar, treinado no uso de armamento, o que reforça a tese de intenção deliberada. A narrativa dos autos é coerente e acompanhada de provas que, neste momento processual, bastam para o juízo de admissibilidade da custódia cautelar. Quanto à necessidade da prisão preventiva para garantia da ordem pública, entendo que ela está claramente configurada. O crime foi cometido em ambiente doméstico, por servidor da segurança pública, com uso de arma institucional”, escreveu o juiz em decisão à qual o Única News teve acesso.
Francisco Ney Gaíva ainda destacou a frieza da ação, pois o feminicídio foi cometido na frente dos dois filhos do casal, de apenas 3 e 5 anos de idade.
“Trata-se de delito extremamente grave, praticado com requintes de frieza, na presença dos filhos menores, o que amplia seus efeitos nocivos e revela a periculosidade do agente.”
Ele também revela que Gabrieli vivia em um ambiente de violência doméstica, que como em milhares de casos, terminou da pior forma.
“O delito imputado possui elevado grau de reprovabilidade e causou forte comoção social, especialmente por ter sido praticado por agente da segurança pública. O risco de reiteração delitiva também se mostra evidente, diante da gravidade do fato e do histórico de violência doméstica que, segundo consta, já vinha sendo enfrentado pela vítima.”
O CRIME
Gabrieli Daniel de Moraes, de 32 anos, foi morta pelo marido, o policial Ricker Maximiano de Moraes, com três tiros de uma pistola .40. Ela morreu na cozinha da casa onde morava com o policial e os dois filhos do casal, de 3 e 5 anos, que presenciaram o crime, no bairro Praeirinho, em Cuiabá.
Após matar a esposa, o policial deixou a casa com os menores, deixando as crianças na casa dos avós e fugiu. Assim que foi acionada dos fatos, os policiais da DHPP iniciaram as diligências e conseguiram apreender o celular do investigado e o veículo utilizado na fuga, na residência dos pais do policial. A arma utilizada no crime foi apresentada na delegacia pela Polícia Militar.
Durante a madrugada, o policial se apresentou na DHPP, ocasião em que foi lavrado o flagrante de feminicídio, sendo posteriormente colocado à disposição da Justiça.
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