Thays Amorim
Única News
Luiz Fernando Januário de Campos, de 33 anos, que confessou ter matado a própria mãe, a servidora aposentada Eracy de Campos, de 71 anos, já havia sido denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) duas vezes por extorsão, ameaça e furto qualificado, com objetivo de conseguir dinheiro para comprar drogas. O criminoso não foi preso em nenhuma das investigações.
Segundo a peça do MPE, ao qual o Única News teve acesso, Luiz Fernando arrombou a porta do apartamento onde ele morava com a idosa em fevereiro de 2017, furtou um notebook e tentou levar dois fracos de perfume e um aparelho de televisão. Ele estaria alterado pelo uso de drogas no momento do crime.
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Após trocar o computador por drogas, ele retornou e tentou levar os perfumes e a televisão, mas não obteve êxito, porque o porteiro do condomínio ligou para Eracy avisando sobre o furto. Após a informação, a idosa teria se deslocado até a residência e impediu que os objetos fossem levados.
Em depoimento, Eracy afirmou que o filho estava “invernado” nas drogas e que tinha passado a noite em uma festa, chegando em casa bastante alterado. Após o furto, Luiz Fernando disse à Polícia Civil que “percebeu o caminho que estava trilhando e o mal que estava fazendo à sua mãe, e que, a partir desse momento, afastou de seus amigos, das drogas e que voltou a fazer faculdade de Jornalismo e a trabalhar”.
A última movimentação do processo é do dia 25 de maio do ano passado, quando o juiz Eduardo Calmon de Almeida Cézar, da Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, aceitou a denúncia do MPE e determinou a citação do acusado para apresentar sua defesa.
A segunda denúncia ocorreu após o criminoso ter fingido seu próprio sequestro e ter pedido o resgate no valor de R$ 500 à mãe, com objetivo de comprar droga, março de 2018. Um comparsa, identificado como João Carlos Lucena Marques, ligou à Eracy e afirmou que o seu filho estava sendo sequestrado, ameaçando matá-lo.
Desesperada, a idosa procurou as autoridades e combinou um encontro com os supostos sequestradores, para repassar o dinheiro e, em tese, liberar o seu filho. João Carlos indicou um local em frente a uma boate no bairro Jardim Potiguar, sendo preso pelas autoridades. Ele confessou que a extorsão se tratava de uma armação com Luiz Fernando, para comparem drogas.
O filho da servidora confessou ter criado a farsa para enganar a vítima e conseguir dinheiro fácil. Eles foram encaminhados à Central de Flagrantes e presos, sendo liberados dois dias depois. A farsa foi criada após o assassino ter furtado uma TV e um tablet da casa da mãe para trocar por droga.
A última movimentação relativa a esse processo é de outubro de 2018, onde os réus passaram por audiência de instrução sobre o caso.
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