Marisa Batalha
(Foto: Reprodução)
A médica Letícia Bortolini teve sua prisão decretada neste domingo (15), após atropelar Francisco Lucio Maia, de 48 anos, neste sábado (14), na Avenida Miguel Sutil, em frente ao Banco Itau, Cidade Verde, e ainda fugir sem prestar socorro.
Sua fiança foi negada e sua prisão decretada pela juíza plantonista, Renata do Carmo Evaristo Parreira, da 9ª Vara Criminal de Cuiabá.
O homem foi morto quando atravessava a avenida com um carrinho de verduras, já chegando no canteiro central. Ele foi atirado sobre a calçada, por um Jeep Compass, branco, placa QCB- 4575, dirigido pela médica que estava acompanhada do marido, o dermatologista Aritony de Alencar Menezes.
Após o acidente os ocupantes do jeep fugiram do local. Mas foram presos horas mais tarde em sua residência, no Jardim Itália, no condomínio Villa Felice, na Avenida Érico Preza.
Um taxista que seguiu o casal de médicos, indignado com a fuga dos dois após o atropelamento, foi quem repasssou o endereço aos policiais. Ele chegou a levantar a hipótese que o marido, Aritony, é quem estaria dirigindo. E ainda que ambos estavam embriagados.
A decisão da juíza plantonista levou em consideração o fato de Letícia ser médica e ter fugido sem prestar socorro à vítima. O ato, segundo a juíza, 'demonstrou uma personalidade criminosa'.
Em trecho do documento publicado pela magistrada, ainda diz que 'superada a demonstração da materialidade e presentes os indícios de autoria, chega-se à inferência de que a ordem pública será abalada se a autuada for posta em liberdade, antes o modus operandi empregado na prática delitiva, onde demonstra, per si, a personalidade criminosa da ré, tenho que sua prisão deve ser decretada, com fim de assegurar a ordem pública'.
A juíza alertou, ainda, que caso seja condenada, a médica poderá pegar mais de quatro anos de detenção.
Quando foi detida, mesmo que horas mais tarde em sua casa, de acordo com informações colocadas no boletim de ocorrência da Polícia Militar, Letícia aparentava sinais de embriaguez e talve por isto tenha se recusado a fazer o teste do bafômetro.
Depois do casal ter sido encaminhado à Central de Flagrantes, a médica foi autuada por omissão de socorro, lesão corporal, homicídio culposo e direção perigosa. Aritony de Alencar foi liberado, mas, também, poderá responder criminalmente por omissão de socorro.
Como no local, onde o homem foi morto após o atropelamento, existem câmeras de monitoramento e vigilância, elas deverão ser usadas para a investigação da Polícia Civil.
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