Aline Almeida
Ari Miranda
Única News
Um laudo médico emitido pelo Hospital Psiquiátrico Estadual Adauto Botelho, em Cuiabá, atestou que o criminoso Lumar Costa da Silva (32), que matou e arrancou o coração de sua tia, Maria Zélia da Silva (55) em julho de 2019 na cidade de Sorriso (397 Km de Cuiabá), está em condições de receber alta hospitalar.
Considerado inimputável pela Justiça, Lumar está internado na unidade desde outubro do ano passado. Os exames apontaram que o acusado é portador de transtorno bipolar tipo I e não tinha capacidade mental para discernir que aquilo que fazia era errado.
Profissionais do Adauto Botelho destacaram que desde sua transferência da Penitenciária Dr Osvaldo Florentino Leite Ferreira, o “Ferrugem”, em Sinop (500 Km de Cuiabá chegada na unidade hospitalar, o criminoso sempre se mostrou calmo, com discurso lógico e coerente, além de boa interação com os profissionais e pacientes. Após dois meses de internação, Lumar chegou a ter um quadro de alucinações, sendo este o único episódio anormal registrado durante o tratamento.
Além disso, o documento destaca que o pai de Lumar afirmou que antes do crime, o filho nunca demonstrou questões relacionadas à saúde mental, era uma pessoa inteligente e sociável, porém sofreu abusos psicológicos por parte da mãe. No relatório, o pai do paciente ressaltou que acredita que os problemas de saúde do filho foram desencadeados após a separação de Lumar e o distanciamento de sua filha, hoje com 9 anos.
Diante da resposta positiva ao tratamento, a equipe considerou que o paciente está apto para alta hospitalar e pronto para retornar ao convívio social, não necessitando mais de cuidados intensivos de 24 horas, podendo continuar o tratamento em modalidade ambulatorial.
O relatório foi encaminhado à Administração Penitenciária da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT). Segundo o laudo, após a alta, o paciente deve ser acolhido por parentes e será levado para o estado de São Paulo.
Por fim, a Equipe de Avaliação e Acompanhamento do Hospital Adauto Botelho sugeriu a conversão da medida de segurança em regime ambulatorial, sendo referenciada à Rede de Apoio Psicossocial (RAPS) do Sistema Único de Saúde (SUS), de Campinas, no interior paulista, onde reside o pai de Lumar, que deverá reportar ao juízo relatório trimestral do seu acompanhamento.
A Justiça ainda deve decidir sobre a alta.
(Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)

A vítima, Maria Zélia da Silva.
CRIME CHOCANTE
Maria Zélia da Silva foi morta a facadas dentro de sua casa, na noite do dia 02 de julho de 2019, em Sorriso, região norte do estado. Conforme informações da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), o suspeito usou duas facas para matar a tia. A vítima tinha ferimentos no tórax e no pescoço.
Após matar a tia, Lumar arrancou o coração da vítima, o colocou dentro de uma sacola e o levou para sua prima, filha de Maria Zélia. Em seguida, o criminoso obrigou a prima, sob ameaças, a entregar as chaves de um veículo Citroen C3, utilizado por ele para fugir do local.
Antes de fugir, ele ainda tentou sequestrar a filha de sua prima, de 7 anos. Segundo relatos da filha de Maria, Lumar confessou que era apaixonado pela criança.
Com o veículo, ele fugiu em alta velocidade, até que bateu em um transformador de energia, depois de invadir um terreno da concessionária Energisa no município. Ainda no local, o suspeito tentou colocar fogo no carro, sem sucesso. Na sequência, ele seguiu a pé até ser abordado e preso pela Polícia Militar.
Ao ser questionado na delegacia por jornalistas sobre o motivo de ter matado a tia com crueldade e arrancado o coração dela, Lumar não respondeu nada sobre o crime.
“Que sensacionalismo é esse? Eu te devo algum tipo de satisfação? Eu não devo nada para o povo. Você pode me deixar em paz? Arruma um advogado pra mim. [...] Você está me provocando”, dizia o suspeito.
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