Euziany Teodoro
Única News
Patrícia Ramos, mãe de Isabele Guimarães, 14 anos, morta em 12 de julho no condomínio Alphaville I, em Cuiabá, com um tiro no rosto, decidiu processar, por fraude processual, quatro membros da Família Cestari, donos da casa onde a menina foi morta por uma das filhas, um sargento da Polícia Militar, um delegado e dois investigadores da Polícia Judiciária Civil.
Isabele foi morta na noite de 12 de julho, na casa da amiga B.O.C., também de 14 anos, com um tiro no rosto. Após passar o dia todo na casa da família Cestari, com a amiga e seus irmãos, Isabele foi morta por volta das 22h com um tiro que transfixou pela narina, saindo na nuca. B. alegou tiro acidental.
Foram acionados, em notícia crime impetrada pela defesa de Patrícia, o empresário Marcelo Cestari e sua esposa, Gaby Soares Cestari, pais de B.O.C., responsável pelo tiro; a atiradora e um irmão gêmeo dela; o delegado Olímpio da Cunha; o sargento PM Fernando Raphael Pereira Oliveira - presidente da Federação de Tiros -; e os investigadores da PJC, Leandro Livinali Ecco e Mário José Leite dos Santos.
Segundo o advogado Hélio Nishiyama, os quatro membros da família citados na ação tentaram alterar as circunstâncias do crime, mentindo sobre o que realmente aconteceu.
Segundo o advogado Hélio Nishiyama, os quatro membros da família citados na ação tentaram alterar as circunstâncias do crime.
"Nesse diapasão, o conteúdo probatório produzido no Ato Infracional n. 309/2020 da DEA e no inquérito policial n. 131/2020 da DEDDICA evidencia severos indícios de que Marcelo, Gaby, e os dois filhos, em conjunto e unidos pelo mesmo desígnio, teriam agido, em tese, com intuito de alterar as circunstâncias fáticas da morte violenta da adolescente Isabele, com a finalidade de isentar ou minorar responsabilidade em processo penal", diz o documento.
Sobre os policiais civis e militares citados na ação, a defesa alega que agiram em "apoio à família Cestari" e "intimidando" quem estava no local, “além de outros delitos previstos no Código Penal e na legislação penal extravagante, tendo em vista os acontecimentos adiante noticiados”.
Esses policiais, segundo depoimentos que vieram à tona durante a investigação, eram amigos e foram chamados ao condomínio por Marcelo Cestari. Enquanto isso, os policiais que foram ao local para atender a ocorrência foram barrados na portaria, pois Cestari disse que só poderiam entrar mediante mandado.
Fraude
NO que tange à acusação de fraude processual, Hélio Nasiyama alega: ligações falaciosas ao Samu; remoção da arma do local do crime; remoção do estojo do local do crime; troca de roupa da adolescente que segurava a arma; tentativa de impedir o acesso da Polícia Militar ao local.
Sobre a prevaricação na atuação dos policiais citados, alega: precariedade no isolamento de local de crime; aparente parcialidade da autoridade policial; omissão em realizar diligências imediatas no local de crime; a não atuação em flagrante por homicídio; irregularidades no auto de prisão em flagrante delito; e ilegalidade na quantificação da fiança.
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