17 de Maio de 2025
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POLÍCIA Sábado, 17 de Maio de 2025, 07:55 - A | A

17 de Maio de 2025, 07h:55 - A | A

POLÍCIA / CASO RENATO NERY

Novo inquérito apura pagamento a intermediário e executor e origem de arma usada no crime

No novo inquérito também será apurado por onde o armamento passou até aparecer na cena do suposto confronto e averiguar as condutas de outras pessoas que agiram como intermediárias do homicídio

Kamila Arruda
Única News



Apesar da conclusão do inquérito e do indiciamento de duas pessoas pelo assassinato do advogado Renato Nery, a Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) ainda dá sequência na investigação. Foi instaurado um inquérito complementar para esclarecer outros fatos ocorridos após o homicídio do advogado, bem como a responsabilização dos mandantes do crime.

Um dos pontos investigados é o pagamento de valores feito ao sargento da Polícia Militar, Heron Teixeira, e ao caseiro, Alex Roberto de Queiroz, intermediador e executor do crime. Através disso, pretende-se também chegar à pessoa que efetuou o pagamento.

Conforme o policial militar, que confessou participação e deu detalhes do crime, o casal Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart, de Primavera do Leste, seria o mandante do homicídio. Eles enfrentavam uma disputa judicial de terras contra o advogado e teriam contratado Heron para matar Nery por R$ 200 mil, mas repassaram apenas R$ 150 mil.

No novo inquérito também será apurado por onde o armamento passou até aparecer na cena de um falso confronto, que teria envolvido policiais da Rotam. As condutas de outras pessoas que agiram como intermediárias do homicídio também são investigadas.

Acompanhe o caso aqui

Crime e mandantes

Renato Gomes Nery foi baleado na manhã do dia 05 de julho de 2024, em frente ao seu escritório, localizado na Av. Fenando Corrêa da Costa, em Cuiabá. Pelo menos um, de sete disparos, atingiu a cabeça do advogado, que chegou a ser socorrido e passar por cirurgia, mas morreu no dia seguinte ao atentado.

Foram apontados como mandantes do crime o casal Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos, empresários de Primavera do Leste. Os dois seriam parte envolvida em disputa de uma terra de 12.413 hectares no leste do estado, na qual Nery advogou e teria direito a uma área de 2.579 hectares como pagamento de seus honorários.

Nery advogou no caso em 1988 e, desde então, lutava para obter a parte da terra a que tinha direito.

Militares envolvidos

Durante as investigações foram sete policias foram presos por envolvimento no crime. Dois deles são 3º Sargento PM Heron Teixeira Pena Vieira e o cabo PM Jackson Pereira Barbosa, vizinho do casal que encomendou a morte do advogado. O terceiro é o soldado Ícaro Nathan Santos Ferreira, integrante da equipe de Inteligência do Batalhão da Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam), que foi preso na mesma fase da operação Office Crime que teve como alvo também o cabo PM.

Os outros quatro estão ligados a Heron. São eles: o 3º Sargento Leandro Cardoso, o soldado Wekcerlley Benevides de Oliveira, o cabo Wailson Alessandro Medeiros Ramos e o sargento Jorge Rodrigo Martins.

Está preso também o caseiro de Heron, Alex Roberto de Queiroz Silva, autor do disparo de arma de fogo que atingiu e matou Renato Nery.

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