Ari Miranda
Única News
Após a deflagração da Operação Caixa de Pandora, pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) na manhã desta quinta-feira (6), a Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT) saiu em defesa de quatro advogados, alvos de mandados de busca e apreensão da operação, deflagrada nas primeiras horas da manhã em Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres (a 220 quilômetros da capital).
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Segundo as investigações conduzidas pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), aparelhos celulares eram introduzidos em unidades prisionais por meio dos juristas, que utilizavam dos privilégios da profissão para entregar os objetos no parlatório da penitenciária, durante visitas aos internos.
Por meio de decisão judicial, os advogados investigados tiveram sua licenças profissionais suspensas.
Por sua vez, a OAB-MT esclareceu que, através do Tribunal de Defesa das Prerrogativas (TDP) da entidade, está acompanhando a Operação, avaliando como "infundadas" as denúncias contra os quatro jutistas.
“(...) os advogados não têm como, se valendo da prerrogativa da profissão, entregar aparelhos celulares, durante visitas aos internos no parlatório da Penitenciária Central do Estado (PCE), porque, por medida de segurança, não há contato entre as partes e o diálogo entre o profissional da advocacia e o cliente é feito através de um vidro”, cita trecho da nota.
“Além disso, na entrada da penitenciária é obrigatório passar por scanner, que registra a menor presença de metais e eletrônicos”, completou.
Por fim, a Ordem dos Advogados alegou que, ao deflagrar a operação, o Gaeco feriu a lei 8.906 do estatuto da advocacia e da entidade, “que preconiza que a Ordem dos Advogados seja informada sobre ações envolvendo advogados com 24h de antecedência”.
Assessoria

A OPERAÇÃO
Pelo menos dezenove pessoas, entre advogados e policiais penais, são alvos da operação Caixa de Pandora deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), nesta quinta-feira (06), em Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres.
Os investigados são acusados de articularem e garantir a entrada de materiais ilícitos, tais como aparelhos celulares e acessórios nas unidades prisionais da Capital.
43 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas três cidades. As ordens judiciais foram expedidas pelo juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO), do Tribunal de Justiça de MT.
Conforme o Gaeco, servidores do Sistema Penitenciário em conluio com advogados facilitaram a entrada de aparelhos celulares na Penitenciária Central do Estado (PCE-MT). Através dos dispositivos, os detentos praticavam e ordenavam vários crimes do lado de fora da unidade.
As investigações revelaram também que um freezer novo, contendo sinais de violação, deu entrada na PCE com a finalidade de transportar em seu interior inúmeros aparelhos celulares.
A operação contou com o apoio de agentes das Polícias Militar e Polícia Civil
NOME DA OPERAÇÃO
A denominação “Caixa de Pandora” é uma metáfora usada para caracterizar ações que, menosprezando o princípio de precaução, desencadeiam consequências maléficas, terríveis e irreversíveis.
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