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POLÍCIA Quarta-feira, 19 de Abril de 2017, 19:13 - A | A

19 de Abril de 2017, 19h:13 - A | A

POLÍCIA / EM MATO GROSSO

Outros cinco jovens relatam à polícia que estão no jogo "baleia azul" e pedem ajuda para sair

Por Suelen Alencar/ Única News



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A Polícia Militar informou que cerca de 11 adolescentes de Mato Grosso estavam participando do jogo "Desafio da baleia azul", no mesmo grupo que a adolescente de 16 anos de Vila Rica, Maria de Fátima encontrada morta na última semana jogava.  

 

Essa informação só pôde ser descoberta após o trabalho de conscientização da Polícia Militar na cidade, juntamente com pais e professores do munícipio. De acordo com o tenente-coronel Joel Outo, cinco novos casos surgiram nesta quarta-feira (19), entre participantes de 16 e 18 anos.

 

Desde que surgiu a suspeita com o caso de Maria de Fátima, a Polícia Militar montou um ciclo de palestra nos municípios, que deve se encerrar na próxima quinta-feira (20). O tenente ainda informou que muitos dos jovens entram no desafio por curisosidade e que depois de perceberam o perigo tentaram buscar ajuda para sair, mas cada vez as etapas ficam mais exigentes. 

 

Alguns dos jovens que se identificaram para a polícia, estão com cicatrizes nos braços e nas pernas. Ao site Única News o tenente-coronel do 10º Batalhão da Polícia Militar de Vila Rica, Joel Outo já tinha antecipado a participação de outros jovens no grupo  “Alícia Curadora”, com origem no Estado de Minas Gerais. Uma jovem chegou a pedir ajuda pelo whatssap para sair do jogo.

 

(Foto: PM/Divulgação)

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"Estou em contato com outra jovem pelo whatssap, nós conseguimos localizar essa jovem que está nos pedindo ajuda para sair. Ela disse que está sendo ameçada caso não conclua a missão. Estamos dando os suporte psicológico para que ela não faça nada de mal pra si. Estamos dando o apoio para mostrar que o 'curador'' não tem como fazer mal para ela'', afirmou o tenente. 

 

Segundo o tenente , a jovem é da cidade de Santa Terezinha a cerca de 100km de Vila Rica e alerta que os meios usados pelos chamados "curadores" é psicológicos baseado na autoridade e no medo.

 

"O que se percebe é que no facebook muitas meninas estão participando. Por isso o ciclo de palestra é importante para evitar novas tragédia. Pode ser uma medida drástica, mas a saiada agora é dificultar o acesso desses jovens a um tempo integral na internet.  Eles usam de meios psicológicos com esses adolescentes", aponta o tenente.

 

O Única News conversou com a psicóloga Cláudia F. Pezzini, formada pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, que esclareceu de forma prática o que o jogo representa para os jovens e adolescentes e pontou que não se tratar de 'demonizar' um culpado.

 

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