Marisa Batalha
(Foto: Ilustração)

Nesta última sexta-feira(05) começou a ser disseminado pelas redes sociais e, mais particularmente, pelo WhastApp, uma série de boatos, de supostas ações ligadas ao jogo mortal 'Baleia Azul', que em Mato Grosso pode ter causado a morte de uma jovem. Igual destino tiveram inúmeros outros adolescentes no país, após os 50 passos exigidos pelo jogo que, ao final, termina para quem participa dele, com o suicídio.
Nos grupos de jornalistas e artistas estão sendo postados um alerta (que pode ser tão somente mais um boato) sobre supostas pessoas - que vestidas de branco, como se fossem funcionários de unidades de saúde -, estariam passando de casa em casa, pra medir a tireóide e realizando testes de glicose; mas que seriam um grupo de aidéticos, ligados aos curadores do jogo 'Baleia Azul'.
A ideia é transmitir o virus a mando dos líderes do jogo. O alerta chegou nas redes como uma mensagem com suposta autoria da Vigilância Sanitária, em conjunto com a polícia, informando que o grupo estaria em varias cidades, entre elas Cuiabá, abordando as pessoas - em princípio -, pra fazerem a medição da glicose.
Se passando como um grupo de enfermeiros e estudantes de enfermagem, estariam utilizando deste artíficio, como forma de repassar o HIV. A mensagem ainda pede que as pessoas abordadas denunciem o fato de imediato, ligando para o 190.
(Foto: Ilustração)

A mensagem como outras- bem parecidas -, devem fazer parte, muito possivelmente, de uma rede de boataria, uma brincadeira de mal gosto. Mas que pessoas sérias, como a marchand e artista plástica Heleninha Botelho, mãe e avó, posta como um alerta, pois há muitas famílias sofrendo, pelo fato do jogo ter causado há centenas de jovens brasileiros, terríveis danos emocionais.
As vítimas do jogo 'Baleia Azul' são coagidas a seguir instruções feitas por "curador", como é chamado o criminoso que entrega os desafios. E que de acordo com vários relatos, desafios que duram cerca de 50 dias que vão desde "assistir a filmes de terror durante madrugada", "rasgar a própria a pele com a faca até X hora do dia", chegando até o desafio final, que seria o suicídio.
O jogo da 'Baleia Azul',(Blue Whale) obrigou pais, professores, psicólogos e mesmo - como no caso de Mato Grosso -, os gestores da Capital e do Estado a tomarem providências, como forma de implodir a ação em terras mato-grossenses.
Principalmente, após a morte da jovem Maria de Fátima da Silva Oliveira, de 16 anos, em Vila Rica (1.259 km distante de Cuiabá). A garota foi encontrada sem vida no último dia 11 de abril, em uma represa no Bairro Inconfidentes.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, há sinalizações no caso da morte da menina, de que ela tenha sido induzida a tirar à própria vida. Em um trecho do inquérito policial é revelado que supostamente a jovem teria sido 'instigada ou auxíliada ao ao suicídio, por meio do jogo virtual, que precisa, para quem entra, seguir uma série de desafios, para provar a coragem de se matar, como se fosse um ato de guerreiro'.
Na época, o delegado André Rigonato, titular da Delegacia de Vila Rica, responsável pelo caso ainda aguardava os laudos periciais do celular da adolescente e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Mas adiantou que “haveria indício do jogo 'Baleia Azul'. Mas que para não cometer erros esperava provas cabais para identificar se a morte da adolescente teria sido instigada 'pelo jogo virtual ou se foi uma deliberação da própria vítima”.
O certo é que a mãe da jovem chegou a revelar para os investigadores, que a filha teria apresentado cortes nos braços, a aproximadamente dois meses, que podem ter sido motivados pelas "tarefas" impostas aos membros do jogo. Ela também apresentou duas cartas que teriam sido escritas à mão por Maria de Fátima e que serão confrontadas com demais atos da investigação.
Além da análise do conteúdo das cartas, o delegado ainda explicou que os trabalhos seguem tecnicamente no sentido de rastrear os membros do grupo online a qual a vítima possivelmente participava e que possam ter alguma relação com o ocorrido.
No Legislativo
Tamanha a periculosidade deste jogo que nesta última terça-feira (02), o deputado estadual socialista, Oscar Bezerra, propõs a criação de um programa de prevenção e combate a jogos que induzem crianças e adolescentes à automutilação, tentando contra a própria vida.
A iniciativa quer evitar que o jogo "Baleia Azul" se "alastre" pelo Estado. Em Mato Grosso já foram identificados diversos casos identificadas pelo 10° Comando Regional da Polícia Militar, com uma vítima fatal. O programa previsto pelo PL 184/2017 consistirá em realizações de palestras aos alunos e pais, com o intuito de prevenir e orientá-los quanto aos riscos que podem oferecer esses jogos virtuais.
Se aprovada a lei, a Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer, em conjunto com as Secretarias de Estado de Segurança Pública e de Saúde, capacitarão profissionais especializados para compor o grupo de trabalho, que será criado e será o responsável pela efetivação e sucesso do programa.
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