17 de Junho de 2025
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POLÍCIA Terça-feira, 17 de Junho de 2025, 14:01 - A | A

17 de Junho de 2025, 14h:01 - A | A

POLÍCIA / OPERAÇÃO LADO OCULTO

Polícia Civil investiga fraude milionária em empresa de gelatinas em Acorizal

Esquema comandado por ex-funcionárias do RH causou prejuízo de R$ 3 milhões entre 2019 e 2024

Letícia Corrêa
Única News



A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta terça-feira (17), a Operação Lado Oculto, para cumprimento de 34 ordens judiciais relacionadas a uma investigação sobre uma fraude milionária praticada contra uma indústria de gelatinas e hidrolisados instalada em Acorizal (MT).

Os mandados incluem quebra de sigilo bancário e financeiro, sequestro judicial de bens móveis e imóveis, bloqueio de contas bancárias, além de busca e apreensão domiciliar e de aparelhos eletrônicos. As ações foram realizadas nos municípios de Cuiabá e Acorizal, por determinação do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) da Comarca de Cuiabá.

Durante o cumprimento das ordens, os policiais apreenderam seis celulares, quatro veículos e dois notebooks.

Segundo a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf-Cuiabá), a fraude foi cometida entre 2019 e 2024, com um prejuízo estimado em R$ 3 milhões. O esquema era comandado principalmente por uma analista de recursos humanos da empresa e por sua assistente, que se aproveitaram dos cargos de confiança para manipular a folha de pagamento.

A dupla inflava indevidamente os salários de determinados funcionários, adicionando horas extras inexistentes e outros adicionais falsos. Após o processamento, os valores excedentes eram desviados para contas próprias e de outros seis cúmplices, entre eles familiares, amigos e ex-namorados.

Um dos beneficiários, ex-namorado da analista, chegou a receber R$ 657,8 mil. Já uma prima da assistente de RH embolsou R$ 51 mil. Duas estagiárias, com vínculo de amizade com as mentoras do esquema, receberam juntas mais de R$ 22 mil.

A fraude foi descoberta em 2019, quando a empresa identificou inconsistências nos pagamentos. As envolvidas confessaram a prática durante entrevistas internas e foram demitidas por justa causa.

Uma consultoria contratada pela empresa confirmou a extensão da fraude em relatório técnico. O caso foi formalmente comunicado à Polícia Civil, que instaurou o inquérito.

Os investigados podem responder pelos crimes de furto qualificado, falsidade ideológica e associação criminosa.

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