Ari Miranda
Única News
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá chegou à real identidade do motorista de ônibus assassinado a tiros dentro de um restaurante, no bairro do Porto, em Cuiabá, na tarde última quarta-feira (30/10). Inicialmente identificado como Ireno Pedroso (38) o homem é, na verdade, Ilton Cézar de Jesus, de 47 anos, conhecido pelo apelido de “Ratinho”.
A informação foi confirmada ao Única News pelo delegado de Polícia Civil, Nilson Farias, responsável pelas investigações do caso.
O motivo para a confusão entre os nomes se deu pelo fato de que, no momento em que foi assassinado, Ilton, que trabalhava como motorista de ônibus em uma empresa de turismo, portava em seus bolsos, além da identidade com seu verdadeiro nome, outros dois RGs falsificados – Entre eles, o documento com o nome de “Ireno”, nome que ele usava para trabalhar na empresa.
Segundo o delegado, Ilton Cézar usava o nome falso como uma estratégia para “mudar de vida”, usando o novo nome para “apagar” os vínculos com seu passado no mundo do crime.
Além disso, o delegado destacou que a família da vítima sabia que o parente usava os documentos falsos, todavia omitiu sua verdadeira identidade.
Outro ponto destacado pelo delegado é que Ilton era viciado em jogos de apostas online, uma vez que, em seu celular, foi detectada a presença de vários aplicativos de plataformas do chamado “jogo do Tigrinho”, fato que não é descartado pela Polícia como uma das possíveis motivações do crime.
Outras linhas de investigação também não são descartadas. Entre elas, a de crime passional.
O autor do assassinato, que foi filmado por câmeras de segurança, ainda não foi encontrado.
PASSADO CRIMINOSO
Conforme apurado pelo Única News, Ilton César de Jesus foi preso em julho de 2007 pela Polícia Civil de Mato Grosso aos 30 anos de idade, no âmbito da operação “Pega Leve”, deflagrada nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande e Sinop (500 Km de Cuiabá).
A operação investigou uma quadrilha especializada no roubo e furto de veículos, além de adulteração de documentos públicos e receptação. O nome da operação (pega leve) se deu por uma gíria usada por um dos acusados de liderar o bando.
FUGA DURANTE AUDIÊNCIA
No dia 26 de novembro de 2007, meses após ter sido preso, Ilton e outros dois comparsas, de 21 e 29 anos fugiram do Fórum de Várzea Grande, enquanto participavam de uma audiência com o juiz.
Após a fuga, “Ratinho” saiu de Mato Grosso e foi para a cidade de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, onde ele voltou a praticar novos crimes. Entre eles, um assalto ao cantor e ex-vocalista do grupo “Só Pra Contrariar”, Alexandre Pires, em 7 abril de 2008.
Ilton e seu comparsa, todavia, foram presos dois dias depois do roubo ao artista, em uma ação conjunta entre as Polícias Civil de Mato Grosso e Minas Gerais.
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