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POLÍCIA Segunda-feira, 18 de Dezembro de 2017, 10:59 - A | A

18 de Dezembro de 2017, 10h:59 - A | A

POLÍCIA / EM COLNIZA

Sesp monta nesta segunda operação para investigar morte de prefeito

Rayane Alves



Reprodução

assassinato prefeito

 

Um reforço policial coordenado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) será enviado até a cidade de Colniza, distante a 1.065 quilômetros de Cuiabá, para evitar novos crimes e auxiliar nas investigações dos homicídios ainda não desvendados e também sobre a execução do prefeito da cidade, Esvandir Antonio Mendes, 61 anos e a tentativa de homicídio do secretário de Finanças, Admilson Ferreira dos Santos, 41 anos, registrado no final da tarde da última sexta-feira (15). O trabalho será realizado por 60 dias. 

 

A informação foi confirmada pelo secretário da pasta, Gustavo Garcia durante entrevista na Rádio Capital FM. Adiantando que foi dada uma resposta rápida à sociedade, já que antes mesmo de completar 24 horas do ocorrido três homens foram presos suspeitos de terem cometido o crime.

 

"Além dos executores também localizamos o mandante. Mas, as investigações do crime, continuam a comando do delegado Edson Pick. Por enquanto, ainda não podemos detalhar quais as causas do crime sabemos que trata-se de uma dívida, mas não podemos divulgar detalhes", afirmou.

No final de semana, uma força-tarefa foi montada com trabalho integrado entre a Polícia Militar e a Polícia Civil. Após o crime, o secretário de Segurança, o governador Pedro Taques (PSDB), diretor geral da Polícia Civil, Fernando Vasco e o comandante geral da polícia, Marcos Vieira também acompanharam de perto as investigações.

 

Os criminosos, Zenilton Xavier de Almeida, Antônio Pereira Rodrigues Neto e Welisson Brito Silva, foram presos em uma estrada entre os municípios de Juruena e Castanheira (880 e 735 km a Noroeste da Capital), respectivamente. Eles estavam em um veículo Fiat Uno cinza, quando foram parados, cerca de 20 km após Castanheira, por uma viatura do Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), da Regional de Juína, que desde ontem auxilia as investigações.

 

Dentro do automóvel foram apreendidos R$ 60 mil, em dinheiro, proveniente do pagamento pela execução do prefeito. O dinheiro estava em um pacote do Banco do Brasil, sendo um montante de R$ 50 mil, e outros dois volumes de R$ 10 mil.

 

O suspeito Antônio Pereira Rodrigues Neto é morador de Colniza e arregimentou dois comparsas oriundos do Pará para o crime. Antonio é apontado como o mandante e também participou da execução do prefeito.

 

(Foto: PM/MT)

policiais em operação

 

O CRIME

A caminhonete onde o prefeito estava foi perseguida por pelo menos 15 quilômetros na BR-174. O prefeito ainda tentou escapar da perseguição e, logo em seguida, dos tiros. Mas, foi alcançado na entrada de Colniza.

 

Baleado, o prefeito perdeu o controle da direção não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local do crime. Vando como era conhecido além de prefeito, também era empresário do setor de transportes.

 

Em abril deste ano, outro crime chamou atenção das autoridades do Estado. Nove trabalhadores rurais foram assassinados durante uma chacina registrada na Gleba Taquaruçi do Norte, instalada na área rural de Colniza. Todos os corpos apresentavam sinais de tortura.

 

O município mato-grossense ganhou a fama, pela Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), como a mais violenta do Brasil. No início da década, Colniza chegou a registrar 165,3 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes – o mais alto índice de homicídios do Brasil. O motivo das mortes comumente eram conflitos fundiários e desavenças entre madeireiros, seringueiros, agentes do poder público e ambientalistas.   

 

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