22 de Março de 2025
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POLÍCIA Quarta-feira, 05 de Junho de 2024, 18:40 - A | A

05 de Junho de 2024, 18h:40 - A | A

POLÍCIA / OPERAÇÃO RAGNATELA

Vereador diz que não tem influência sobre servidores e nega participação em lavagem de dinheiro do Comando Vermelho

Parlamentar negou envolvimento com facção criminosa e disse que contribuirá com a Justiça.

Da Redação
Única News



Em nota divulgada no final da tarde desta quarta-feira (5), o vereador por Cuiabá, Paulo Henrique de Figueiredo (PV), negou envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro da facção criminosa Comando Vermelho, após ser um dos alvos da Operação Ragnatela, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT) nas primeiras horas da manhã de hoje.

RELEMBRE:

- Polícia desarticula esquema de lavagem de dinheiro do Comando Vermelho em casas de shows de Cuiabá

- Vereador de Cuiabá está entre alvos de operação por lavagem de dinheiro do Comando Vermelho

Vereador, DJ, empresários, servidor: veja quem são os alvos de operação contra o Comando Vermelho em Cuiabá

Segundo as investigações, Paulo Henrique é suspeito de auxiliar a facção criminosa Comando Vermelho em um esquema de lavagem de dinheiro em casas noturnas. Ele seria o "elo" da facção com agentes públicos para aprovação de alvarás para as festas, por exemplo. O vereador rebateu as afirmações, alegando que não possui nenhum poder de influência para liberação de eventos na capital.

“(...) jamais exerci qualquer poder de influência na liberação de eventos, pois tal atribuição não compete ao meu cargo. Recordo que as casas de shows citadas tiveram diversas fiscalizações e foram inclusive autuadas. É importante destacar que a liberação de eventos pode ser devidamente autorizada pela justiça, com base na documentação apresentada”, disse o vereador em nota.

LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA NO FINAL DESTA MATÉRIA

Além disso, o vereador informou que sua defesa será elaborada assim que seu advogado tiver acesso ao inquérito da Operação, que corre em segredo de Justiça no Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), asseverando que não tem relação com os fatos envolvendo um de seus assessores, que também foi alvo da operação.

“Até o presente momento, a única informação oficial disponível é a declaração da autoridade policial, que mencionou a necessidade de mais informações sobre os fatos que envolvem minha pessoa. Não tenho relação com os fatos que assessores realizam em sua vida particular, quando tomado conhecimento de algo ilícito faço as medidas cabíveis de exoneração”, ressaltou

“Estou à disposição com muita tranquilidade para contribuir com as investigações e justiça”, pontuou.

(Reprodução/Internet)

operação ragnatela ficco

Veículo do vereador foi apreendido pela Polícia Federal.

LIBERAÇÃO DE ALVARÁS

Conforme apurado pela Ficco, Paulo Henrique atuava como intermediário entre a facção e agentes públicos, para a aprovação de fiscalizações e concessão de licenças para a realização de shows sem a documentação necessária. Para isso, o parlamentar recebia benefícios financeiros da organização criminosa.

“Esse grupo contava com o apoio de alguns agentes públicos que auxiliavam na flexibilização das concessões de licença de alvarás para realização dos shows. (...) inclusive, o parlamentar tem uma relação muito próxima com esses investigados, com troca de favores e recebimento de vantagens financeiras de forma indireta", disse o delegado Antônio Flávio, da Polícia Federal.

Além disso, a investigação identificou que criminosos acabaram adquirido uma casa noturna em Cuiabá, pelo valor de R$ 800 mil, pagos com dinheiro em espécie dos lucros obtidos por meio do esquema. A partir daí, o grupo passou a realizar shows de MC’s nacionalmente conhecidos, custeado pela facção criminosa, em conjunto com um grupo de promotores de eventos.

Durante as investigações, descobriu-se que os criminosos contavam com o apoio de Paulo Henrique e dos agentes públicos, para fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, sem a documentação necessária.

Em continuidade à investigação, os policiais identificaram um esquema para introduzir celulares dentro de unidade prisional e transferências de líderes do Comando para presídios de menor rigor penitenciário, a fim de facilitar a comunicação com o grupo investigado, que se encontra em liberdade.

Paulo Henrique foi 1º secretário da Câmara de Cuiabá e líder do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Casa Parlamentar, entre 2023 e o início de 2024.

NOTA DO VEREADOR

Em face das recentes diligências que inesperadamente envolveram meu nome, venho a público prestar os seguintes esclarecimentos:

Inexistência de Competência na Liberação de Eventos:

Gostaria de salientar que jamais exerci qualquer poder de influência na liberação de eventos, pois tal atribuição não compete ao meu cargo. Recordo que as casas de shows citadas tiveram diversas fiscalizações e foram inclusive autuadas. É importante destacar que a liberação de eventos pode ser devidamente autorizada pela justiça, com base na documentação apresentada.

Acesso aos Autos:

Informo que minha defesa será elaborada assim que tivermos acesso aos autos do processo, os quais permanecem sob segredo de justiça e ainda não liberado pelo Ministério Público, portanto, ainda não foram disponibilizados.
Declaração da Autoridade Policial

Até o presente momento, a única informação oficial disponível é a declaração da autoridade policial, que mencionou a necessidade de mais informações sobre os fatos que envolvem minha pessoa. Não tenho relação com os fatos que assessores realizam em sua vida particular, quando tomado conhecimento de algo ilícito faço as medidas cabíveis de exoneração.

Estou a disposição com muita tranquilidade para contribuir com as investigações e justiça.

Reafirmo meu compromisso com a transparência e a justiça, e coloco-me à disposição para colaborar com as investigações e esclarecer quaisquer dúvidas que se fizerem necessárias.

Atenciosamente,

Paulo Henrique.

 

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