Da Redação
Reprodução

O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, presta depoimento na tarde desta quarta-feira (20), como testemunha de acusação, contra o ex-deputado Eliene Lima, na sede da Justiça Federal em Mato Grosso, em Cuiabá.
O ex-parlamentar é acusado de crimes de peculato e lavagem de dinheiro, que investiga desvio de recursos da Assembleia Legislativa (ALMT). Eliene exerceu mandatos de deputado estadual entre os anos de 1995 e 2007. O esquema teria ocorrido por meio de factoring, cujo proprietário era o ex-bicheiro. O fato veio à tona a partir da deflagração da Operação Arca de Noé, em 2002.
Arcanjo chegou em um camburão, escoltado por dez policiais federais, e está sendo ouvido pelo juiz Francisco Antônio Moura, da 7ª Vara Criminal.
O ex-deputado, réu na ação penal, também será ouvido nesta tarde. Em entrevista a imprensa, quando chegou ao local para depor, Eliene afirmou não ser culpado de participar do esquema. E que foi envolvido nas investigações, por ter pego um cheque emprestado na Confiança Factorin, uma das empresas de Arcanjo.
"Eu estou muito tranquilo, eu não fiz parte desse esquema. Eu me lembro que a época eu peguei um dinheiro, se não me engano foi R$60 mil reais, com a empresa Confiança Factorin para estruturar uma empresa de madeira. Só isso", afirmou.
Além de Arcanjo e do ex-parlamentar serão ouvidas as testemunhas de defesa Fabiano Gomes Silva e Hélio Pimenta Braga.
Condenação
João Arcanjo Ribeiro está preso desde abril de 2003, um ano após a deflagração da Operação Arca de Noé, realizada pela Polícia Federal. O então procurador federal Pedro Taques, o juiz federal Julier Sebastião da Silva e o promotor de justiça Mauro Zaque foram responsáveis pela operação e prisão.
No dia 24 de outubro de 2013, Arcanjo foi condenado a 19 anos de prisão em regime fechado pelo Tribunal do Júri, na Comarca de Cuiabá, como mandante da morte do empresário Sávio Brandão. Assassinado no dia 02 de setembro de 2002, com cinco tiros.
O ex-comendador também é acusado de ter mandado matar os empresários Rivelino Brunini, Fauze Rachid Jaudy, por disputa, na época dos caça níqueis. Pesam ainda contra ele as mortes de Mauro Manhoso, do cabo da PM, Valdir Pereira.
Em 2007, quando estava preso na PCE e ainda comandando o jogo do bicho de lá de dentro, foi transferido para o presídio federal de Mato Grosso do Sul. Depois disso, passou também pelos presídios federais de Porto Velho (RO) e de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Em Cuiabá, Arcanjo está em uma cela isolada, no raio 5, onde ficam presos de maior periculosidade, como chefes de facções criminosas e com poder de persuasão da massa carcerária.
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