Da Redação
(Foto: Reprodução/Web)

Nem mesmo os inúmeros escândalos - como a Lava Jato e a Ararath, por exemplo -, não modificaram os 'modus operandi' dos políticos brasileiros. Assim, o poder econômico deverá falar mais alto nas eleições de 2018.
Em particular, o dispositivo aprovado em silêncio quase absoluto na reforma política, no Senado, permitindo que os candidatos financiem integralmente suas campanhas até o limite de gastos para o cargo em disputa.
Na prática, políticos como o ministro Blairo Maggi, da Agricultura e Pecuária, senador licenciado possam, por exemplo, injetar recursos próprios na corrida eleitoral – o que, naturalmente, beneficiará os candidatos mais ricos.
Reportagem veiculada no portal Terra, na Editoria Isto É Independente, revela que a Câmara chegou a estipular um limite para o autofinanciamento de campanhas: 7% do total dos gastos para candidatos a deputado e R$ 200 mil para os cargos majoritários – senador, governador e presidente.
Com o objetivo de evitar que os políticos mais abastados levassem vantagem na disputa, justamente pela possibilidade de bancarem as próprias candidaturas. O limite fixado pela Câmara, no entanto, foi retirado pelo Senado. Ao sancionar a proposta, o governo manteve a regra. O teto de gastos para 2018 é de R$ 70 milhões para a disputa ao Planalto, R$ 21 milhões ao governo, R$ 5,6 milhões para o Senado e R$ 2,5 milhões para deputado.
A matéria ainda cita Maggi - cujo patrimônio líquido é estimado em US$ 960 milhões -, como um dos políticos brasileiros que já sai fortalecido para uma reeleição, com este novo dispositivo com vantagem que, obviamente, os mais endinheirados têm.
Haverá limite apenas para doações de pessoas físicas, correspondente à 10% dos seus rendimentos brutos no ano anterior à eleição. A reforma política prevê ainda as chamadas “vaquinhas online”, às quais os políticos de maior cacife com certeza não precisarão recorrer. A arrecadação de recursos por meio do chamado “crowdfunding” poderá ser feita a partir de 15 de maio. Será obrigatória a emissão de recibo para os doadores. Ao menos isso. (Com informações do Isto É Independente)
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