Wellyngton Souza / Única News
(Foto: Reprodução)

Tentando evitar novas polêmicas sobre a fraude na Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc-MT) que desviou cerca de R$ 56 milhões em licitações para obras de reparo e construções de escolas em todo o estado, o advogado de defesa do empresário - apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como operador do esquema de cobrança de propina, Rodrigo Mudrovitsch disse à imprensa após depoimento de Giovani Guizardi, ter colaborado durante a investigação que deflagrou a Operação Rêmora.
Nesta quarta (8), o proprietário da Dínamo Construtora e da Guizardi Júnior Construtora, foi ouvido pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) que investiga a operação.
Conforme a defesa, o depoimento foi apenas de confirmação do que já havia dito anteriormente. "Ele apenas reiterou e ratificou o que já disse à Justiça. Acho que não compete, nesse momento, entrar em novas polêmicas com o que os demais investigados falam, cabe a Justiça investigar o caso", disse.
O empresário Giovani Guizardi chegou ficar preso por seis meses no ano anterior, entretanto foi solto após firmar termo de colaboração premiada com o MPE. Guizardi “abriu o jogo” à Justiça e aproveitou do ‘benefício’ para entregar novos nomes envolvidos no esquema, como do governador Pedro Taques, acusado por receber caixa 2 na campanha eleitoral de 2014, o proprietário do Buffet Leila Malouf, Alan Malouf - quem o teria introduzido no esquema.
Durante a declaração, o empresário afirmou que arrecadou, durante sua participação no esquema cerca de R$ 1,2 milhão em propina.
Guizardi entregou também outras figuras políticas no esquema, como o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf (PSDB) com grande influência na Seduc, o deputado federal Nilson Leitão (PSDB) que seria a 'ponte' que teria indicado o ex-secretário Permínio Pinto (PSDB) como titular da Seduc, além de diversos servidores da pasta.
Conforme a delação de Guizardi, o ex-secretário, o ex-presidente da AL e Malouf eram os responsáveis por receber cerca de 25% de propina arrecadada junto aos empreiteiros alvos de extorsão.
A delação do empresário fez com que o Gaeco deflagrasse a segunda fase da Rêmora, denominada como Grão Vizir, tendo como réu Alan Malouf - apontado como 'chefe do esquema', segundo o MPE.
O depoimento de Guizardi é o último referente a uma série de oitivas prestadas por réus na operação de fraudes em licitações. Os acusados foram ouvidos novamente em razão de novos inquéritos pelo Gaeco. A expectativa da Justiça é de agora chegar ao ‘chefe’ de todo o esquema.
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