Aline Almeida
Única News
O senador Wellington Fagundes (PL-MT) criticou o texto da Reforma Tributária aprovada pelo Senado na semana passada. A proposta, que agora segue para Câmara Federal, foi, segundo Fagundes, votada na pressão, sem muitos sequer conhecer o texto. O senador enfatizou que a proposta favorece as grandes corporações e o Governo.
"Não dá para aceitar aumento da carga tributária no Brasil. Votei contra. A reforma tributária é importante para simplificar. Mas o que a gente está vendo, o dia que chegamos na votação, não tem nenhum parlamentar que tenha condição de dizer o que ele estava votando. Provavelmente até hoje", ressaltou em entrevista à imprensa na quinta-feira (16).
"Agora vai para Câmara, é feito muito na pressa, na pressão do Governo. O que nós queremos é ajudar o desenvolvimento do Brasil. Mas é uma carga tributária que o Governo já admitiu, 28%, mas pode chegar a 32", completou Fagundes.
O senador enfatizou ainda que quem vai acabar pagando a conta no final será apenas o trabalhador e os pequenos empresários. "O que acontece com uma carga tributária tão alta, mais sonegação e o trabalhador não tem como sonegar. Já vem descontado na folha e no holerite. O pequeno e o microempresário também não, quem acaba levando vantagem são as grandes corporações. Uma reforma tributária ao nosso ver, feita na Faria Lima, para atender o sistema brasileiro e as grandes corporações", finalizou.
O Senado enviou à Câmara nesta terça-feira (14) o texto da Reforma Tributária aprovado em dois turnos na semana passada. A expectativa do governo é de que a reforma seja promulgada ainda neste ano.
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