Luana Valentim
Foto: (Reprodução)

A juíza aposentada e pré-candidata ao Senado, Selma Arruda (PSL), falou nesta quinta-feira (14), em entrevista à Rádio Capital FM, sobre a negativa de escolta por parte do Tribunal de Justiça (TJ) e a manutenção de seus seguranças, por meio de um pedido do Judiciário feito pelo governador Pedro Taques (PSDB), que tem causado polêmica entre deputados estaduais e ainda na Ordem dos Advogados Brasileiros.
“Daqui uns dias acredito que até dormindo serei motivo de polêmica, eles parecem fazer um holofote negativo contra a minha candidatura. Assim, nunca vou entender ser motivo de debate no Legislativo ou virar discussão dentro da OAB-MT”.
A magistrada esclareceu que há dois dias recebeu esse recurso e precisa juntar documentos para instruir o recurso. Outorgada a procuração, ela pretende agilizar o prazo para fazer esse requerimento no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
“Eu recebi a notícia da nova negativa do TJ na concessão da escolta, na última segunda-feira (11), por volta das 17h, então fiz um requerimento ao governador Pedro Taques (PSDB) para que ele me desse essa escolta até a decisão do CNJ, Devo recorrer, em breve, dessa decisão do Tribunal, para que o Conselho possa decidir definitivamente a esse respeito. O governador foi solidário comigo, acredito que porque também já precisou de escolta ao ser ameaçado e também lhe foi negado na época”, reafirmou.
O Tribunal tomou essa decisão de suspender a escolta, por entender que haveria uma quebra de protocolos exigidos, ou seja, no sentido de frequentar locais públicos.
Discordando, a magistrada disse que é seu direito ter uma vida normal, frequentando supermercados ou salão de beleza. E ainda o direito de concorrer a um cargo público, não podendo ser argumento definitivo de não merecer segurança. “Acho que a pessoa não pode escolher se vive ou enclausura”.
Sobre o ato de Taques em ter consentido temporariamente a escolta, Selma continua a afirmar que não vê interesse político, sendo que a decisão foi absolutamente técnica. Sendo ele conhecedor de leis e da Constituição. “Oposição sempre vai haver, as pessoas usam isso para dizer que tem viés político, mas não há”.
Sob seu ponto de vista, as pessoas que estarão a seu favor, precisam saber que isto não afeta a segurança pública, pois eles estão à disposição da Casa Militar. Quanto ao gasto público, ela assegura que são mais baratos ao erário, do que aqueles policiais militares que fazem a segurança dentro do Judiciário, pois recebem um adicional. E ainda não havendo ilegalidade nisto.
A magistrada frisou que o TJ usou como argumento, o fato de terem ouvido de um dos suspeitos que não houve ameaça contra ela. 'Então a palavra daquela pessoa valeu mais para do que o interesse de resguardar um magistrado'.
'Eles se limitaram a ouvir essa pessoa, ela disse, não ameacei não tenho nada contra ela, não fiz nada. E a palavra dessa pessoa serviu como ponto de argumento para o TJ negar essa segurança', completou.
Acreditando que o Tribunal poderia esperar a conclusão das investigações, ou ter ouvido a Corregedoria que recebeu uma das denúncias de ameaça contra a sua vida e, inclusive, a avisou sobre o fato. E mesmo que não houvesse uma ameaça concreta, ou que se conclua sua inexistência, o fato de ter lidado com as organizações criminosas a torna uma pessoa vulnerável.
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