Claryssa Amorim
Única News
Com dois votos pela extinção do processo que pode levar à cassação do deputado federal Neri Geller, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) adiou, mais uma vez, a conclusão do julgamento. O desembargador Gilberto Giraldelli pediu vista do processo, que deve voltar à pauta na próxima semana.
Segundo a Procuradoria Regional Eleitoral, o parlamentar teria feito doações, supostamente ilegais, para 11 candidatos a deputado estadual em 2018, durante período de campanha. Ele pode ser cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) e ficar inelegível por oito anos.
O primeiro voto para extinção da ação foi do juiz membro do TRE, Jackson Coutinho, que acompanhou divergência aberta por Sebastião Monteiro da Costa. Agora, a votação preliminar está empatada.
Ainda no julgamento da preliminar, o desembargador presidente do TRE, Gilberto Giraldelli, pediu vistas para melhor analisar o processo. Ele deve proferir o voto final para desempatar o placar.
Em nota, Geller disse estar tranquilo e confiante na Justiça. “Sigo tranquilo e confiante na Justiça, vez que, nossa movimentação de campanha só foi feita após consulta ao próprio TSE”, declarou Geller.
A denúncia
Segundo a Procuradoria, o deputado doou em torno de R$ 1,3 milhão para 11 candidatos a deputado estadual nas eleições de 2018, sendo que quatro destes foram eleitos.
A Procuradoria ressalta na ação, que o montante ultrapassa o valor gasto permitido por lei, o que caracteriza para Justiça Eleitoral o “mercantilismo eleitoral”.
O MP cita na ação que os deputados Eliseu Nascimento (DC), Wilson Santos (PSDB), Ondanir Bortolini (PSD), o Nininho, Romoaldo Junior (MDB) e Faissal Calil (PV), receberam cerca de R$ 180 mil doados por Neri Geller.
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