Kamila Arruda
Única News
Os vereadores por Cuiabá decidem nesta terça-feira (13) se abrem ou não um processo de cassação contra o vereador Chico 2000 (PL), que foi afastado do cargo por suspeita de ter recebido propina para aprovar um projeto de lei em benefício da empresa HB Construções, responsável pela obra do Contorno Leste.
A representação foi protocolada pelo advogado Julier Sebastião e lida na última sessão plenária, realizada na quinta-feira, dia 8. Após ser lida em plenário, a presidente Paula Calil (PL) enviou o documento para a Procuradoria, a fim de verificar se o pedido atende a todos os requisitos formais.
Nesta terça-feira (13), a representação retorna ao plenário para apreciação dos vereadores, já com o parecer da Procuradoria. Os vereadores é que decidem se instauram ou não o procedimento contra Chico por quebra de decoro parlamentar.
O liberal e o vereador Sargento Joelson (PSB) foram alvos alvos da Operação Perfídia, deflagrada pela Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), que investiga um suposto esquema de cobrança de propina na Casa de Leis.
As investigações apontam que os dois teriam exigido aproximadamente R$ 250 mil para aprovar uma mensagem encaminhada pela Prefeitura de Cuiabá, que beneficiaria a empresa HB20 Construções.
Julier, contudo, representou apenas contra Chico 2000. Na representação, ele argumenta que as ações atribuídas a Chico 2000 causaram “grande exposição negativa à Casa Legislativa” e violaram o decoro parlamentar.
“O escândalo de corrupção supostamente praticado pelo ex-presidente da Câmara, vereador Chico 2000, agride de forma grave o decoro parlamentar, sendo necessária a cassação do seu mandato para preservar os bons costumes, a honestidade e a transparência no Legislativo Cuiabano”, defende trecho do documento.
Julier também diz que a proximidade de Chico 2000 com o ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, afirmando que o vereador, quando presidia a Câmara, chegou a nomear o então procurador-geral do Município – posteriormente afastado – para comandar a Procuradoria da Casa, entre outras ações que demonstrariam afinidade política.
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