Claryssa Amorim
Única News
O julgamento do deputado federal Neri Geller (PP), que estava marcado para esta quinta-feira (23), foi adiado, após pedido de vistas do juiz-membro Jackson Coutinho. O parlamentar pode ser cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) e ficar inelegível por oito anos.
A denúncia de doações ilegais em período de campanha foi interposta pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que pediu a cassação do parlamentar.
Quando ainda julgava as preliminares propostas pela defesa, feita pelo advogado Flávio Caldeira Barra, houve o pedido de vistas do magistrado.
O relator do processo, desembargador Sebastião Barbosa Farias, votou contra o recurso interposto pelo advogado de defesa. No recurso, Geller pediu que fossem anuladas as oitivas de duas testemunhas, sem possibilidade de contraditório.
No entanto, o restante do Pleno acatou o recurso da defesa. O relator ressaltou que as oitivas citadas pelo advogado não vão interferir em seu voto da cassação, pois não as usou como base para o julgamento.
A denúncia
Segundo a Procuradoria Regional Eleitoral, o deputado doou em torno de R$ 1,3 milhão para 11 candidatos a deputado estadual nas eleições de 2018, sendo que quatro destes foram eleitos.
A Procuradoria ressalta na ação, que o montante ultrapassa o valor gasto permitido por lei, o que caracteriza para Justiça Eleitoral o “mercantilismo eleitoral”.
O MP cita na ação que os deputados Eliseu Nascimento (DC), Wilson Santos (PSDB), Ondanir Bortolini (PSD), o Nininho, Romoaldo Junior (MDB) e Faissal Calil (PV), receberam cerca de R$ 180 mil doados por Neri Geller.
Para o MP, com as doações, Geller tentou criar uma relação “íntima e perigosa” com os citados, “abusando de seu poder econômico” e que ainda ampliou indevidamente sua base política para garantir a eleição.
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