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POLÍTICA Terça-feira, 26 de Setembro de 2017, 11:40 - A | A

26 de Setembro de 2017, 11h:40 - A | A

POLÍTICA / EFEITO NEGATIVO

Medeiros diz que delação de Silval deixou muitos políticos em "saia justa"

Por Lara Belizário/ Única News



(Foto: Reprodução)

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Durante entrevista a uma rádio na Capital, na manhã desta terça-feira (26),  o senador José Medeiros (PODE), afirmou que a delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) causou um grande impacto ao cenário político mato-grossense.

 

A delação do ex-gestor foi firmada com a Procuradoria Geral da Republica e homologada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 09 de agosto. O impacto da delação começou após vídeos da delação serem transmitidos pelo Jornal Nacional, da Rede Globo. E, também, após a quebra de sigilo no dia 25 de agosto.

 

"Eu até brinquei que o programa fala que eu te escuto causava impacto, mas esse sorria você esta sendo filmado, realmente abalou toda a estruturas do sistema. O certo é que realmente a política de Mato Grosso foi abalada e aqui em Brasilia só se fala nisso. E ainda tem os rumores de que vem outra delação", afirmou.

 

De acordo com o deputado, as informações e declarações de Silval na delação impactam de forma negativa todo o quadro político do Estado. Para ele, tantos os políticos envolvidos, como aqueles que não foram citados vão serão colocados em dúvida por causa da delação.

 

"A política vive de símbolos e hoje o símbolo que a política passa para a população são a dos videos e isso não é coisa pra se comemorar", afirmou.

 

Segundo o senador, outro ponto negativo da delação é o desfalque que a mesma causou na bancada estadual. O impacto segue negativo também nos trabalhos da Casa de Leis, isso porque, os políticos que deveriam estar trabalhando para a sociedade, pararam os mandatos para tentar se defender. "E, isso, traz uma expectativa muito negativa para o eleitor e todo mundo".

 

 

Delação sob um olhar jurídico

 

O advogado Luciano Pinto afirmou que, sob um olhar jurídico, cabe aos políticos citados na delação provar na Justiça que são inocentes. Conforme o jurista, para que uma delação seja firmada na PGR, o beneficiado além do discurso, precisar ter provas. Assim, não é fácil uma delação ser revogada, pois primeiro a Procuradoria levanta as denúncias e homologa, para depois encaminhar ao STF que deverá aprovar ou não.

 

“A delação é aceita se tiver além do puro argumento do colaborador, precisa que ele tenha provas palpáveis. Então nessa de que Silval está mentindo quem terá que provar ao contrário são os citados na delação de que ele está mentindo. Silval não falou simplesmente, ele apresentou provas. O que não impede, como está ocorrendo no caso do ex-gestor, que o Ministério Público também vá atrás de outros elementos que possam ajudar a dar consistência nas denúncias”, falou.

 

Ainda conforme o advogado, por isso que comumente após alguém conseguir ter a colaboração firmada, a Polícia Federal (PF) acaba deflagrando operações em cima desta confissões. Isso acontece justamente para que outros elementos sejam apurados.

  

Um exemplo foi a operação Malebolge, desencadeada pela PF, no último dia 14 de agosto, que cumpriu mandados de busca e apreensão em casas de deputados, prefeito, ministro, senador e em vários gabinetes na Casa de Leis. 

  

Que, inclusive, resultou na prisão do deputado social democrata Gilmar Fabris, que teve seu gabinete na AL e seu aparttamento no Santa Rosa, vasculhados pelos agentes federais. Como foi visto saindo às pressas que possíveis documentos, foi expedido uma ordem de prisão para o parlamentar assinado pelo próprio ministro Luiz Fux, por obstrução da Justiça. 

  

“A ação foi para conseguir outras provas. Agora, a delação pode sim ser revogada, porém só se o Silval tiver omitindo informações ou acrescentando coisas a mais, a exemplo do que aconteceu na delação dos proprietários da JBS onde os beneficiados omitiram fatos”, finalizou.

 

(Com informações da Rádio Capital FM 101.9)

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