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POLÍTICA Sexta-feira, 30 de Novembro de 2018, 18:46 - A | A

30 de Novembro de 2018, 18h:46 - A | A

POLÍTICA / 'ACABEI GENERALIZANDO'

Medeiros pede perdão por chamar jornalistas de preguiçosos

Luana Valentim



(Foto: Assessoria)

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Após atacar jornalistas e chamá-los de preguiçosos, o senador José Medeiros (Podemos), usou a tribuna do Senado nesta sexta-feira (30), para pedir desculpas aos profissionais.

 

O senador criticou os profissionais por terem repercutido a foto de um pequizeiro junto a uma matéria divulgada nesta semana sobre a operação Siriema 3, deflagrada entre os dias 19 a 25 deste mês, na região do Santa Terezinha (a 1.329 km de Cuiabá).

 

Medeiros, no entanto, acabou “generalizando” toda a categoria.

 

Na tribuna, ele  disse que errou ao generalizar que todos os jornalistas são “preguiçosos” ao deixarem de apurar uma matéria e optarem por copiar e colar as publicações dos colegas.

 

O parlamentar ainda frisou que defende a ideia do setor do agronegócio, por exemplo, firmar um convênio com as universidades e levar as turmas de jornalismo para ver a realidade do campo e do setor para que não publiquem as matérias genéricas sobre o agronegócio.

 

“Eu dizia da necessidade de o agronegócio brasileiro começar a fazer convênio com as universidades e levar as turmas de jornalismo para ver a realidade do campo no Rio Grande do Sul, no Mato Grosso, no Paraná, para ver como é que os nossos produtos saem da lavoura e chegam à mesa das pessoas, para que não haja nas matérias, generalizações que saiam pelo mundo afora dizendo que todos os nossos produtos saem do trabalho infantil, do trabalho escravo ou do desmatamento das florestas. Porque é justamente o contrário. Essas coisas são exceções”, destacou.

 

Medeiros reconheceu que exagerou nos seus comentários direcionados aos jornalistas, porém, ressaltou que isso aconteceu porque é atacado pela mídia e que falou tudo aquilo para provocar os profissionais para que possam fazer uma melhor apuração dos fatos, principalmente, do investigativo.

 

“Eu disse que o jornalismo investigativo estava praticamente extinto e que boa parte só comia do que lhes davam. Só comiam dos releases que recebiam. E fiz uma provocação para que pudessem buscar mais, para que pudessem ir atrás da notícia e investigar se ela era verdadeira. O meu Estado virou um verdadeiro pandemônio. Então, quero fazer aqui uma mea-culpa e dizer: o jornalismo brasileiro é extraordinário, não tem fake news e as matérias são sempre muito bem verificadas”, se redimiu.

 

Medeiros pontuou que criticou os jornalistas e os meios de comunicação que publicam matérias inverídicas, na qual acabam somente “manchando” a imagem das pessoas, à exemplo citado por ele, uma matéria publicada pela Folha de São Paulo que ele gastou a verba indenizatória do Senado no pub.

 

"Viajei para Querência e comi em um restaurante, acontece que o dono tinha a pretensão de expansão. Bom, comi nesse restaurante e peguei a nota, trouxe e pus aqui no Senado. Eu estava a trabalho. Quando fui candidato a Presidente do Senado, aqui, saiu na Folha de S. Paulo que eu tinha gasto a verba indenizatória do Senado num pub, que virou uma boate e depois na matéria disseram que era um cabaré. Isso se espalhou que nem rastilho de pólvora. Como é que eu desminto um negócio desse? Não desmente. Então eu procurei o dono do estabelecimento e descobri que ele pretendia futuramente expandir o local, então ele colocou na razão social pub também. Eu falei meu Deus do céu, mas agora eu vou ter que chegar a um estabelecimento comercial e falar para me dar a razão social para eu ver como está escrito? ”, questionou.

 

O senador frisou que os jornalistas deveriam ter verificado na cidade, ao menos ligar para alguns moradores do local, pois por um bom tempo serviu de ‘chacota’ no Senado, onde os parlamentares o questionava que cabaré barato era esse que ele tinha achado.

 

“Quer dizer, é até vergonhoso dizer isso aqui, mas eu fui para a mídia com isso. Ter que explicar em casa sobre notícia daquele tipo. Os meus filhos vendo. Então, eu acabei misturando”, argumentou.

 

Ao final ele pediu perdão a classe e destacou que em todos os locais há pessoas que acertam e as que erram. Assim como no Senado, não podendo generalizar.

 

”Perdoem-me a generalização. Falei muito mais nessa linha do que já tenho sofrido nesses últimos tempos e todos nós que somos homens públicos. Mas é o que um amigo meu ontem me disse, se não aguenta a brincadeira, não desce para o play. Então, eu peço aqui as minhas desculpas aos jornalistas do meu Estado, não estava me referindo a eles”, finalizou.

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