Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Terça-feira, 23 de Fevereiro de 2021, 08:49 - A | A

23 de Fevereiro de 2021, 08h:49 - A | A

POLÍTICA / DESAFIO DO PRESIDENTE

Mendes não aceita sugestão de Bolsonaro sobre corte de ICMS e fala em "medida populista"

Abraão Ribeiro
Única News



O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou no começo desse mês que vai zerar os tributos federais sobre combustíveis se os governadores aceitarem zerar o ICMS (imposto estadual). Ele disse que está lançando um "desafio" aos governadores.

Nos últimos meses, Bolsonaro vem defendendo uma alteração na cobrança do ICMS sobre combustíveis. De acordo com o presidente, o imposto é o responsável pelos altos preços cobrados na bomba ao consumidor. Os tributos federais que incidem sobre combustíveis são a Cide e o PIS/Cofins.

Pois bem. O governador de Mato Grosso não gostou do tal “desafio”, e disse que não vai tomar nenhuma “medida populista” visando às eleições de 2022. Para Mendes, reduzir impostos à mercê de bravatas ou falas acaloradas não condiz com seu perfil, que prefere estudar economicamente maneiras mais concretas para esse tipo de redução.

"Vou tomar as medidas corretas, se a gente puder diminuir algum imposto a gente vai, não tenham dúvida disso. Eu também não gosto desse tal de imposto. Eu sou cidadão também pago imposto. Sou empresário também pago imposto. Nós pagamos", disse Mendes em entrevista à Rádio Conti Cuiabá nesta segunda-feira (22).

Segundo o governador, o superávit que o Estado teve no exercício orçamentário de 2020 vai ser devolvido ao cidadão que paga imposto, mas em forma de melhorias com os investimentos, e ainda alfinetou o Governo Federal, que tem condições de “apagar o fogo” numa crise econômica, emitindo títulos para outros.

"Ao contrário do Governo Federal, governos estaduais e municipais se faltar dinheiro não podem emitir título ou emitir dívida para outros pagarem. Ano passado o Governo Federal fechou o ano com o maior rombo da história do Brasil, foram mais de R$ 700 bilhões de déficit. Ou seja, do que o Governo arrecadou faltou, ficou devendo, porque teve que ir a banco pegar dinheiro emprestado. O problema é que o Governo Federal pode fazer isso. Então ele gasta, faz o que acha que deve e o que o Congresso autoriza fazer", finalizou Mendes.

FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!

GRUPO 1  -  GRUPO 2  -  GRUPO 3

Comente esta notícia