Cuiabá, 24 de Maio de 2024

POLÍTICA Terça-feira, 24 de Agosto de 2021, 14:42 - A | A

24 de Agosto de 2021, 14h:42 - A | A

POLÍTICA / INTERFERÊNCIA NA DECCOR

"O cargo do delegado-geral é do governador", diz Stringueta sobre denúncia de Emanuel

Thays Amorim
Única News



O delegado Flávio Stringueta afirmou que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), pode ter sido alvo de perseguição política pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor). O delegado foi ouvido nesta terça-feira (24) como testemunha na denúncia feita por Emanuel.

Segundo Stringueta, o cargo de delegado-geral, hoje ocupado por Dermeval Arvecha de Resende, é do governador Mauro Mendes (DEM).

"A interferência política nos meios policiais existe. O cargo do delegado-geral é do governador. Ele não tem obrigação de manter o delegado no cargo pelo decurso dos dois anos, o mandato que a gente tem na lei. E se o delegado geral quiser ficar no cargo ele tem que atender a pedidos do governador, uma ordem. Então o que eu disse foi nesse sentido, que a possibilidade de ter ocorrido interferência política nesse caso é bem concreta", apontou.

A Corregedoria da Polícia Civil está analisando a denúncia feita por Emanuel. Além de Stringueta, os delegados Lindomar Tóffoli e Anderson Veiga já foram convocados para plestarem depoimentos no plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), por meio da Comissão de Segurança Pública e Comunitária.

LEIA MAIS: Pinheiro protocola denúncia contra delegado da Deccor por perseguição política

Emanuel protocolocou a denúncia contra a Deccor no dia 22 de junho. O emedebista destaca a informação de que o delegado Eduardo Augusto de Paula Botelho estaria usando seu cargo para promover uma perseguição política. Além disso, o prefeito citou o alinhamento do delegado com o governador Mauro Mendes (DEM), um dos seus adversários políticos.

Stringueta, que era chefe da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e foi afastado após críticas ao Ministério Público Estadual (MPMT), afirmou que não duvida sobre a interferência política: "Depois do que aconteceu comigo, acredito em qualquer coisa nesse sentido de influência política", disse.

A denúncia

A denúncia aponta que inquéritos em que Emanuel era citado, que antes tramitavam na Degacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz), foram encaminhados à Deccor.

"Os Inquéritos Policiais que dizem respeito a Emanuel Pinheiro tramitavam na DEFAZ. No entanto, tempos mais tarde, ambos os procedimentos foram remanejados e enviados para a DECOOR, que é justamente a Delegacia criada pelo adversário político do ora peticionário, Sr. Mauro Mendes, e que é titularizada pelo Dr. Eduardo Botelho, o qual foi indiretamente nomeado ao cargo de titular da DECOOR pelo atual Governo do Mato Grosso", enfatiza.

Segundo o chefe do Executivo municipal, o fato da delegacia ser comandada pelo delegado Eduardo Botelho, indicado por Mendes, indica "indício concreto de uma movimentação interna na Polícia Civil, a qual, efetivamente, busca dar cabo a uma perseguição política".

O cargo técnico do delegado Eduardo Botelho junto à Coordenação de Inteligência seria conflitante, já que a atuação é pericial, responsável por supervisionar e promover o estudo técnico de todos os inquéritos policiais dentro da PJC. Emanuel destaca que a acumulação dos cargos possui um conflito de interesses e estaria em desconformidade com o Código de Processo Penal e também com a Constituição Estadual.

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