Diego Frederici / Única News
Reprodução / Internet
O governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), disse que as relações institucionais entre o Palácio Paiaguás, sede do poder executivo estadual, com o governo Michel Temer (PMDB), “são melhores do que com a presidente Dilma”. A declaração foi dada em entrevista na manhã desta terça-feira (06) a Rádio Centro América, na capital. Ele, no entanto, admitiu que o governo federal não vem repassando as verbas de custeio das Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s).
Taques disse na entrevista que já foi “recebido cinco vezes” pelo presidente Michel Temer desde o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), que teve seu impeachment confirmado pelo Senado no último dia 31 de agosto. Porém, ao falar dos problemas que a área da saúde enfrenta no Estado, o chefe do poder executivo estadual se queixou da falta de repasses federais para as Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) em Cuiabá e Várzea Grande.
“Fui o primeiro governador a defender o impeachment. A relação com Michel Temer é melhor do que com a presidente Dilma”, afirmou ele que, logo depois, disse que o governo federal “deve custear a UPA em 50%” e que a União “não vem repassando a parte dela”. Taques explicou os outros 50% são divididos entre Estados e Municípios.
O tucano comentou ainda os repasses do Auxílio Financeiro para Fomento às exportações (FEX). O dispositivo funciona como uma “contrapartida” frente as perdas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que as unidades federativas deixam de arrecadar em virtude da “Lei Kandir”, que isenta os empresários do pagamento do imposto que incide sobre commodities de exportação – soja, milho, algodão, carne in natura etc. Taques afirmou que essa é uma demanda que “não beneficia apenas Mato Grosso”.
“Mato Grosso, Pará e Minas Gerais são os que mais recebem. No entanto, é uma decisão que não beneficia apenas Mato Grosso. O presidente Michel Temer, junto aos outros governadores, se comprometeu a repassar esses valores em setembro”.
Segundo dados do Governo Federal, R$ 2 bilhões referentes ao FEX aguardam liberação para serem repassados aos Estados. A parcela de Mato Grosso é estimada em R$ 420 milhões. Do montante, 25% deve ser transferido aos municípios.
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