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POLÍTICA Quinta-feira, 16 de Novembro de 2017, 16:59 - A | A

16 de Novembro de 2017, 16h:59 - A | A

POLÍTICA / INTERVENÇÃO NA SAÚDE

Secretária diz que severidade em medidas devem por fim a superlotação em PSM

Lara Belizário



(Foto: SICOM/Cuiabá)

secretária de Saúde de Cuiabá, Elizeth Lúcia de Araújo.jpg

 

Durante entrevista ao Jornal do Meio Dia, nesta quinta-feira (16), a secretária de Saúde de Cuiabá, Elizeth Lúcia de Araújo, afirmou que os pacientes de outros municípios, que estão internados no Hospital e Pronto Socorro (PS), não serão devolvidos, mas sim desospitalizados.  

 

E isso, ainda adiantou a secretária, só ocorre mediante 'a aprovação de uma equipe multiprofissional que assegure condições apropriadas para o feito'. Essa ação faz parte das medidas emergenciais criadas no último dia 10, pelo prefeito peemedebista, Emanuel Pinheiro, para por fim principalmente a superlotação no PSM. E, sobretudo, porque esta superlotação coloca o atendimento bem aquém do desejado, para os milhares de pacientes que recorrem à unidade hospitalar.

 

A intervenção municipal ocorreu após  funcionários do Pronto Socorro Municipal realizarem denúncia, por meio da imprensa, revelando que a unidade era um verdadeiro hospital de guerra e que faltavam desde médicos e insumos até medicamentos. E, pior, em um quadro de superlotação. 

 

Depois da denúncia e da decisão do gestor municipal de conter esta disparidade, de acordo com a secretária, atualmente está sendo realizada uma análise de cada paciente, 'Claro, de maneira diferenciada. Assim, aqueles que tiverem cirurgias eletivas, por exemplo, retornarão aos seus municípios e quando chegar a data do procedimento virão para a Capital para realizá-lo'.  

 

"Vamos cuidar para que esses pacientes sejam assistidos por uma equipe multiprofissional, terá o olhar do médico, da enfermagem e da assistente social, para que eles tenham condições de retorno. Não vamos simplesmente deixar uma pessoa na porta do Pronto Socorro, ou colocá-la dentro de uma van e encaminhá-la sem condições,ao seu município de origem", declarou.  

 

Outro caso a ser levado em conta, para forçar a redução no número de utilização de leitos, na unidade hospitalar é desospitalizar pacientes que possam continuar com seus tratamentos em seus lares. Essa regra será também aplicada nos pacientes residentes na capital.  

 

"Nós temos vários pacientes com casos, , por exemplo, de osteomielite que é uma infecção óssea, onde o tratamento pode durar até seis meses. A pessoa pode receber este tipo de tratamento em seu município de origem e, até mesmo, em sua casa. O que vamos assegurar é que esse paciente retorne a suas condições com um kit de remédios até a conclusão do seu tratamento e que seja assistido por uma equipe de enfermagem médica local. A mesma regra será aplicada aos cuiabanos, aquele que tiver condições de tratar em casa, também será desospitalizado", disse.  

 

Ainda conforme a secretária, esse tipo de ação não deve piorar o atendimento do Pronto Socorro. No entanto, reitera que essa medida só foi vigorada por causa da migração de pacientes do interior, já que os hospitais regionais, ou diminuíram o atendimento, ou fecharam.  

 

No Último dia (14), a Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica da Santa Casa de Rondonópolis paralisou os atendimentos, por falta de recurso. Com isso, dois bebês aguardam na UTI Neonatal, uma vaga para serem transferidas para outro hospital no Estado. O mesmo, segundo a secretária, acontece com muitas pacientes que atualmente estão internados no PSM.  

 

Insumos 

 

Segundo ainda a secretária, o repasse de R$ 2 milhões, previsto nas medidas emergenciais para compra imediata de insumos, não foi suficiente para suprir a demanda, até a chegada dos outros R$ 8 milhões prometidos pela prefeitura. A causa disso seria a falta de estoque, por causa do aumento de mais de 60% nos atendimentos do Pronto Socorro.  

 

Questionada sobre uma possível falta de planejamento que garanta os suprimentos necessários, Elizeth esclareceu que após um estudo foi realizado uma compra de insumos e medicamentos à unidade de saúde.  

 

No entanto, a secretária afirmou que a quantia, que deveria durar até a primeira semana de janeiro, não supriu as necessidades por causa da migração de pacientes para o Pronto Socorro.  

 

"Houve um aumento de pacientes no PS, foram 68% a mais de atendimentos, então o que tínhamos em estoque também se esgotou. A vinda desses pacientes não é só o leito. Assim, temos necessidade de mais profissionais, de mais insumos e de medicamentos", afirmou.

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