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POLÍTICA Segunda-feira, 25 de Dezembro de 2017, 18:26 - A | A

25 de Dezembro de 2017, 18h:26 - A | A

POLÍTICA / ABRINDO O CORAÇÃO

Taques confessa cansaço em pagar pelos erros do VLT, no lugar de Silval

Marisa Batalha



(Foto: Gcom-MT)

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O chefe do Executivo de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), ao realizar um balanço de sua gestão, reiterou em recente entrevista a uma TV na Capital, que desde a Senatória foi contra a implantação do Veiculo Leve Sobre Trilhos, na Grande Cuiabá.

 

Ainda pontuando que esta posição era compartilhada, desde esta época, pelo atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi, pois ambos chegaram várias vezes, quando da escolha de Cuiabá como uma das 12 sedes da Copa do Mundo, a revelarem publicamente, a preferência pelo sistema de transporte coletivo Bus Rapid Transit (BRT).

 

‘Mas aí o ex-governador Silval Barbosa e o ex-deputado José Geraldo Riva foram até Portugal e trouxeram o VLT no bolso. Não é isso? Até espalharam vários outdoors pela cidade. Assim, sempre que posso faço questão de frisar que não sou pai, nem mãe do VLT. Aliás, fiscalizei como senador. Realizei reuniões, até montei uma comissão para fiscalizar o modal. Pois sabíamos que por detrás da escolha, muito possivelmente teria um esquema, como foi descoberto depois o roubo, por meio do trilho do VLT’.

 

Entretanto, como prometeu em sua campanha eleitoral, na disputa pelo Palácio Paiaguás, em 2014, que terminaria a obra, sob a alegação que ‘não dava para jogar o lixo para baixo do trilho’, Taques lembrou que ao entrar no governo, montou uma comissão séria para tratar do VLT. E junto com a Justiça Federal foi realizada uma perícia para se levantar em quanto ficaria, de fato, a conclusão da obra do modal.

 

‘Após os levantamentos, iniciamos as tratativas com Consórcio VLT, mas sob o compromisso que só assinaríamos em março de 2017. E, ainda após minucioso estudo que, paralelamente, estava sendo realizado pelos Ministérios Públicos - Estadual e Federal. Que, aliás, deram parecer contrário à realização do final das obras, pelo Consórcio VLT. Aí veio a operação Descarrilho desencadeada pela Polícia Federal, que descobriu mais esquemas ocorridos durante a escolha do modal e depois inúmeras fraudes realizadas pelas empresas que faziam parte do Consórcio. Desde os procedimentos licitatórios, corrupção até lavagem de capitais durante a execução da obra. Então, é preciso frisar que eu, Pedro Taques, estou tentando cumprir o que prometi! Mas diante do rombo deixado, dos esquemas que vêm sendo descobertos ininterruptamente, é necessário lembrar que esta é uma herança pesada! Então não me digam que tenho algo com o VLT, isto é obra do passado’, lembrou o gestor tucano.

 

Também frisando que muita gente suspeitava que havia esquema nas obras da Copa, incluindo o modal, mas tudo virou, de fato, realidade, quando veio à tona a verdade com a delação de Silval, que contou em seus mínimos detalhes, como foram desviados os recursos da obras da Copa e seus participantes. 

 

‘A verdade está na delação de Silval que cita o senhor Riva e a senhora Janete Riva. Está tudo lá. Mas sabemos agora, pois antes quem sabia era Silval e seus cúmplices e, claro, o Ministério Público. Como várias pessoas, eu como cidadão, até apostava em fraudes no modal pela gestão passada, mas não tinha comprovação. Por isso renegociamos com o Consórcio e depois rompemos, quando foi deflagrada a operação Descarrilho. Agora, o mais engraçado é que aqueles que roubaram dinheiro das obras da Copa estão nos criticando. Não vamos trabalhar sobre pressão, vamos fazer a coisa correta; isso eu [Taques] vou fazer’.

 

E ao ser questionado sobre suposta pressão do prefeito peemedebista Emanuel Pinheiro, para que terminasse o modal, sob a alegação que o governo teria falado muito nos últimos três anos, mas sem, de fato, fazer nada na prática. Levando até o gestor municipal a revelar à imprensa que iria revitalizar - com palmeiras imperiais -, os canteiros do VLT, Taques foi incisivo: não foi isso que o Emanuel me disse. 

 

‘Assim, não vou discutir o que é imprensa fala. Há algumas notícias que não discuto mais, dentre elas está esta. E como posso falar de Pinheiro, se temos ajudado Cuiabá. Aliás, as avenidas da Prainha e do CPA foram reconstruídas pelo Estado; o novo Pronto Socorro está indo ‘de vento em popa’, pois estamos igualmente ajudando. Portanto, até onde sei, a parceria com Pinheiro tem sido reconhecida publicamente por nós dois’.

 

O Modal

 

Com mais de R$ 1 bilhão já investido, a obra do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) deveria ter ficado pronta para atender a demanda da Copa do Mundo. Na época, quando o governador Pedro Taques 'bateu o martelo' e decidiu romper com as negociações; sua decisão foi oficialmente comunicada ao juiz Ciro José de Andrade Arapiraca, da Justiça Federal.  

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