Da Redação
(Foto: Gcom-MT)

Na 10ª edição da Caravana da Transformação, em Tangará da Serra (a 241 km de Cuiabá), neste último fim de semana, os jornalistas que acompanharam a Caravana, puderam encontrar um governador menos tenso, até um pouco brincalhão e, sobretudo disponível.
Respondendo, inclusive, às indagações que comumente, Taques vinha evitando falar como, por exemplo, a operação Esdras, que no dia 27 de setembro prendeu sete pessoas, boa parte de ex-membros do seu staff. Em uma ação da Polícia Civil, a pedido do desembargador Orlando Perri, relator no Tribunal de Justiça, sobre o esquema de grampos clandestinos em Mato Grosso.
De acordo com o gestor tucano, ele não pode ser responsabilizado por eventuais atos ilegais praticados por membros de seu secretariado.
E lançando mão do direito, para responder aos ex-secretários presos, supostamente ligados a instalação de uma rede de escutas ilegais, lembrou do princípio da intranscendência (da não herança criminal). Dizendo que cada um paga pelo seus atos e que isto vigora no Brasil desde a morte de Tiradentes. Pautada nela, cada um tem seu CPF, ou seja, ele não pode responder pelo que o outro faz.
E revelou que está totalmente tranquilo quanto as investigações sobre os grampos, lembrando que teria avisado à família, quando se deciu pela política, que passariam por momentos difíceis. 'Enfrentaremos acusações, mas não vou esmorecer. Tenho um compromisso com o povo de Mato Grosso e vou cumpri-lo. Agora, é certo que algumas pessoas não querem, mas podem ficar tranquilos, porque eu não desisto'.
O esquema levou à prisão membros do alto escalão do Governo, como os ex-secretários de Estado, Paulo Taques (Casa Civil), Evandro Lesco (Casa Militar), Airton Siqueira (Justiça e Direitos Humanos) e Rogers Jarbas (Segurança Pública), além do ex-comandante da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa.
Além dos ex-secretários de Taques, também tiveram a prisão decretada a personal trainer Helen Christy Carvalho Dias Lesco, esposa de Lesco; o major Michel Ferronato; o sargento João Ricardo Soler e o empresário José Marilson da Silva.
Operação Esdras
Atualmente, as investigações dos grampos passaram a ser responsabilidade do ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça. E todos os procedimentos investigatórios relacionados a possível prática de interceptação telefônica ilegal em Mato Grosso agora seram levantadas pela Polícia Federal e entregues ao STJ.
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